As zonas de baixa emissão (LEZ, da sigla em inglês para low emission zones) vêm se tornando uma estratégia popular e eficaz para as cidades desincentivarem o uso de carros e oferecerem alternativas de transporte mais limpas, econômicas e acessíveis.
A publicação “Oportunidades criadas pelas Zonas de Baixa Emissão - Análise aprofundada da gestão gestão da mobilidade para cidades inclusivas” apresenta informações para auxiliar líderes e pessoas interessadas a compreender como essas estratégias podem ser úteis em suas cidades.
O que é uma Zona de Baixa Emissão?
Uma zona de baixa emissão é uma área onde o uso de veículos poluentes é desestimulado e, por vezes limitado por meio de estratégias com ou sem cobrança de taxas. Quando há cobrança de taxas é chamada de zona precificada. Nessa área, os motoristas têm que pagar um valor para entrar no perímetro, sendo que os veículos mais poluentes pagam mais, enquanto os carros híbridos ou elétricos pagam menos, ou, em alguns casos, não pagam nada. Já as zonas não precificadas proíbem a entrada de veículos altamente poluentes e os infratores podem receber multas.
Essas zonas foram criadas principalmente para reduzir a poluição causada pelo transporte, como poeira fina e óxidos de nitrogênio, que prejudicam o ar que respiramos e, consequentemente, nossa saúde. O impacto de uma zona de baixa emissão na qualidade do ar pode variar dependendo do seu tamanho, rigor, fiscalização e disponibilidade de opções de transportes ativos ou não poluentes.
Na Europa, continente pioneiro na implementação de medidas para melhoria da qualidade do ar, foram identificadas recentemente mais de 320 zonas de baixa emissão em operação. Também algumas grandes cidades de outros continentes, como Haifa (Israel), Seul (Coreia do Sul) e várias cidades chinesas, estão experimentando pilotos e iniciativas semelhantes.
Impactos
Se forem bem planejadas, as zonas de baixa emissão podem ajudar a melhorar o acesso, a segurança e a equidade nos ambientes urbanos. Associadas a outras medidas para tornar o transporte público, a bicicleta e a caminhada mais seguros e confiáveis, essas áreas controladas facilitam a migração de usuários de automóvel para outras formas de transporte mais sustentáveis.
Além disso, as zonas de baixa emissão podem: servir como base para expandir a infraestrutura cicloviária, de caminhada e o transporte público de qualidade; promover o uso eficiente do espaço urbano e incentivar a transição para a eletromobilidade; gerar subsídio para o transporte sustentável, ajudando a melhorar o transporte público, criando mais infraestrutura para bicicleta e caminhada, além de melhorar o acesso de pessoas que moram em comunidades afastadas e de baixa renda.
Saiba mais no site do ITDP, em: https://itdpbrasil.org/o-que-e-uma-zona-de-baixa-emissao