Conforme a pesquisa, nesses dez anos, nem mesmo os planos de mobilidade - obrigatórios para cidades com mais de 20 mil habitantes - foram completados dentro do prazo (2015) fixado inicialmente pela legislação. Entre as capitais do país, catorze delas têm planos em vigência (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Natal, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo, Salvador e Porto Alegre), sete estão trabalhando na elaboração do documento (Cuiabá, Goiânia, Macapá, Maceió, Palmas, Porto Velho e Recife), cinco estão revisando seus planos (Aracaju, Curitiba, Florianópolis, Teresina e Vitória), e uma (Boa Vista) ainda não iniciou a preparação do plano de mobilidade.
O trabalho levantou indicadores sobre a oferta de transportes públicos, infraestrutura cicloviária, além de recursos para o conforto e segurança de pedestres em cada uma das capitais brasileiras, buscando entender o estágio de evolução dessas cidades em relação às diretrizes da política nacional de mobilidade.
Em outra fase do trabalho, pesquisadores saíram às ruas para "aferir a mobilidade na prática", verificando os tempos de espera nos terminais, tempos de viagem, condições dos veículos e da infraestrutura, integração entre modos de transportes e também os gastos com os deslocamentos realizados. Além do relatório, o Estudo também gerou um Painel de Dados, ferramenta interativa que permite cruzar e comparar as informações e resultados obtidos entre as várias cidades e também com as médias brasileiras.
Ao final, são listadas algumas sugestões para iniciar as mudanças necessárias na gestão das cidades em direção a uma mobilidade realmente sustentável, com ganhos locais e planetários.