Trabalho do Ipea avaliou as condições de acesso aos postos de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) nas seguintes cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Brasília, Fortaleza, São Gonçalo (RJ) , Porto Alegre, Duque de Caxias (RJ), Goiânia, Campinas(SP), Guarulhos (SP), Salvador, Recife, Campo Grande, Maceió, Belém, Manaus, São Luís e Natal.
A nota técnica tem como objetivos:
(1) estimar quantas são e onde moram as pessoas mais vulneráveis com maior dificuldade de acessar equipamentos de saúde; e
(2) apontar quais são os estabelecimentos de saúde que poderão ter maior estrangulamento de demanda, considerando-se sua capacidade de oferta de leitos de unidades de tratamento intensivo (UTIs).
Na primeira parte desta nota, foram estimadas, para as vinte maiores cidades do Brasil, quantas são e onde moram as pessoas mais vulneráveis (baixa renda e acima de 50 anos de idade) que:
a) não conseguiriam acessar a pé, em menos de trinta minutos pelo menos, um estabelecimento que atende pelo SUS e que poderia fazer triagem e encaminhamento de pacientes suspeitos de Covid-19; e
b) que moram a uma distância maior do que 5 km de um hospital com capacidade de internar pacientes em estado grave de insuficiência respiratória. Na segunda parte, este estudo traz ainda algumas estimativas do número de leitos de UTI adulto e respiradores por habitante na zona de captação de cada hospital.