Are e-scooters polluters? The environmental impacts of shared dockless electric scooters
Os resultados do estudo, realizado pela Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e publicado na revista IOPScience sugerem que, embora as patinetes possam ser uma solução eficaz para o congestionamento urbano e para a mobilidade de último quilômetro, elas não reduzem necessariamente os impactos ambientais do sistema de transporte.
Assim, os argumentos sobre benefícios ambientais decorrentes do seu uso devem ser recebidas com ceticismo, a menos que sejam alcançadas maior durabilidade do produto, menor carga de materiais e redução nos impactos de coleta e distribuição de patinetes.
No estudo, descobriu-se que os impactos do aquecimento global associados ao uso de patinetes compartilhadas são muito influenciados pelos materiais, impactos de fabricação e pelo uso do transporte automotivo para a coleta de carregamento. Aumentar a vida útil desses pequenos veículos, reduzir a distância de coleta e distribuição, usar modelos mais eficientes e estratégias de carregamento menos frequentes podem reduzir significativamente os impactos ambientais adversos. Sem esses esforços, os cálculos de emissões do ciclo de vida mostram um aumento líquido no impacto do aquecimento global quando comparado com os métodos de transporte compensados em 65% de nossas simulações.
As cidades que buscam integrar as patinetes em seu sistema de transporte têm várias opções de políticas disponíveis para reduzir os ônus ambientais associados ao ciclo de vida. Permitir que os patinetes permaneçam em áreas públicas durante a noite diminuiria o peso do automóvel associado à coleta de patinetes carregadas ou quase totalmente carregadas.
Um melhor gerenciamento central ou processos de coleta aprimorados por parte das operadoras de patinetes poderia reduzir as distâncias percorridas para coleta e distribuição. Além disso, as cidades podem aprovar ou aplicar políticas anti-vandalismo para reduzir o uso indevido ou maus tratos das patinetes, como forma de aumentar a vida útil e, portanto, reduzir os altos custos de fabricação e materiais por passageiro-quilômetro.
As empresas que operam patinetes também podem tomar medidas significativas para reduzir os encargos do ciclo de vida de seus equipamentos. Elas podem reduzir os encargos de coleta e distribuição incentivando ou exigindo o uso de automóveis eficientes. Além disso, eles poderiam reduzir a quilometragem percorrida pelo veículo para coleta e distribuição por meio de gerenciamento centralizado ou permitindo que os carregadores “reivindicassem” as scooters eletrônicas para eliminar a direção desnecessária e competitiva durante a coleta diária, sugere o estudo.
Autores: Joseph Hollingsworth, Brenna Copeland and Jeremiah X Johnson
Department of Civil, Construction, and Environmental Engineering, North Carolina State University