O transporte público é umas das principais infraestruturas urbanas. Contribuiu para a redução do congestionamento, poluição, consumo desordenado de energia, acidentes de trânsito, desumanização do espaço urbano e melhora a democratização. No Brasil, porém, o transporte público é alvo frequente de questionamento e insatisfação pelos usuários.
A escolha por um modelo de transporte público em algumas cidades do país tem sido alvo de críticas também pelos especialistas da área de mobilidade urbana. Os estudos para determinação da infraestrutura adequada, em sua maioria, são duvidosos, pois não se trabalha com informações e base de dados confiáveis a fim de se desenvolver uma estrutura de transporte compatível com a demanda. Muitas vezes, tem como objetivo privilegiar outros segmentos da sociedade civil.
Um exemplo claro que podemos citar é o BRT (Bus Rapid Trafic) na cidade de Belo Horizonte, onde a escolha pelo modelo traz diversos pontos passíveis de questionamento. Muitos especialistas apontam que a demanda é superior à capacidade do equipamento e consequentemente ao modelo e infraestrutura de transporte escolhido, sendo um fator agravante quando se investe milhões e não se obtém os resultados esperados para a melhoria da mobilidade.