É neste contexto que entra o cicloturismo, a partir do momento em que a compreensão do espaço passa a ser obtida não apenas por meio do conhecimento adquirido, mas também no conhecimento vivido na prática, e com isso gerando uma relação maior homem-meio.
Este artigo vem portanto das observações feitas das pessoas que conhecemos e conversamos ao longo do percurso, durante pequenas viagens de bicicleta. Por estarmos em velocidade baixa, pudemos nos deter a analisar o tempo, a topografia, o uso do solo, os tipos de solo, a estrutura geomorfológica, atividades econômicas e até cheiros, entre outros detalhes do percurso. Tudo devido ao que podemos chamar de a compressão do espaço-tempo.
Com o cicloturismo, surge uma nova proposta para vivenciar os sentimentos dos territórios transpostos. Algo difícil de se obter em viagens usando meios de transporte com ambientes artificializados, que criam barreiras na interação com o espaço natural ou ocupado.
Nosso objetivo: vivenciar uma melhor inserção no espaço geográfico e suas peculiaridades e poder conhecer melhor o espaço, conhecer os lugares e senti-los de diferentes formas. Depois, comparar essas experiências com as situações cotidianas, tudo proporcionado pelo cicloturismo.