Após demonstrar que a mobilidade “peatonal” é o modo “chave” de toda a mobilidade, já que é a mais natural, o autor defende que os pedestres sejam reconhecidos em programas, planos e estratégias como os principais usuários das vias das cidades.
Embora não demande equipamentos, o pedestre necessita de um bom ambiente para caminhar. Nesse sentido, esta análise termina por destacar a necessidade de priorizar e levar essa discussão ao maior número de cidadãos e interessados. E conclui sinalizando que os governos devem ser permeáveis a políticas que supram as necessidades e os desejos locais, inserindo-as nas atuais políticas públicas.
A abordagem baseia-se em trechos de artigos e estudos da Sociedad Peatonal* e de estudos de outros pesquisadores, que neste texto sintetizados ou por vezes transcritos.
* Sociedad Peatonal: sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, de âmbito nacional e internacional, fundada em 2003 para a defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável do meio urbano, em especial ao que diz respeito à mobilidade urbana alternativa e sustentável, promoção, defesa e suporte técnico aos aspectos relacionados à segurança, conforto e fluidez dos pedestres, no meio urbano, levando em consideração o deslocamento a pé como prioritário e necessário entre outras finalidades.
Roberto Ghidini tem artigos publicados em revistas especializadas no Brasil e no exterior. É engenheiro civil, (UFPR-1982), com pós-graduação: DEA em Urbanística y Ordenación del Territorio (DUyOT/ETSAM/UPM – 2007). Trabalhou no DER-PR (1982-1990), foi consultor sobre transportes para Ferroeste (1989-1990), Sanepar (1991-1992), Comec (2003-2004), UPM (2006-2010), onde é co-fundador de NeReAs y CEDEX (2008). É membro da Sociedad Peatonal.