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Cartoon do artista Andy Singer exibido em exposição do Metrô de São Paulo

Consultando a Wikipédia constatei que o Dia Mundial Sem Carro (World Car Free Day), celebrado no mundo todo em  22 de setembro  foi uma data  criada para provocar  “reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto”.    Essa mesma fonte informou que a data foi criada na França há quase vinte anos  (1997) e que já tinha se espalhado por vários países do planeta  desde o início deste século.

Agora me pergunto: por quanto tempo ela ainda terá que existir?  Por quanto tempo será necessário um dia exclusivo para lembrar que há vida  além do para-brisa? E que essa mudança de estilo de vida é sim possível, pois existia há milênios antes do início da dependência da caixa de aço circulante?

Uma pergunta ainda mais ousada e difícil: haverá um dia em que todos os dias serão “Dia Mundial Sem Carro”?

Para pessoas da minha geração, que nasceram em meados do século passado e foram as primeiras responsáveis e testemunhas do início e propagação do vício aqui no Brasil,  assim como as gerações seguintes, que já nasceram e cresceram  inseridas nessa dependência nociva, cabe a responsabilidade de cumprir a dura tarefa de repetir e expandir essa celebração do “detox de automóvel” para cada vez mais  dias até se alcançar a tão sonhada liberdade…