E então chegou a última fase da viagem: o congresso sobre inovação, em Copenhague, Dinamarca.
Após percorrer 200km com a Mari (de bike, patins e correndo) o meu corpo estava mais disposto do que eu imaginava que estaria e a mente limpa e saudável. Difícil mesmo é transformar em palavras os sentimentos das últimas semanas.
Em Copenhageue, fiquei hospedada na casa da Irina e do Kirill – ávido Run Commuter e criador do “IamRunBox” . O evento sobre inovação foi realizado no Eigtved Pakhus, cerca de 11km da casa deles. Distância perfeita para começarmos o dia de cabeça feita, ao ir correndo para o congresso.
Após 5km, parada estratégica- e inusitada – no píer: o kirill mergulhava e nadava por cerca de 5 minutos e, após, continuávamos a corrida (quando ele me disse que teríamos esse pitstop, tive certeza que era piada… Mas era sério: além de correr para o trabalho, ele também nada!:P)
Fazíamos um caminho diferente a cada manhã para que eu pudesse conhecer mais a cidade: museus, catedrais, igrejas, lindos parques e jardins…
Ao passar pelo Palácio de Amalienborg, os soldados estavam marchando no centro do pátio – me senti num filme.
A cidade oferece ótimas condições para a mobilidade a pé: calçadas em bom estado; faixas de pedestre; iluminação dos espaços urbanos; ciclos semafóricos compatíveis com os fluxos a pé; informação e sinalização acessível e eficaz. Algumas ciclovias são compartilhadas entre pedestres e bikes e é comum encontrar trechos elevados de calçada para separar os meios de locomoção.
Além das inúmeras bikes, no caminho encontramos outras pessoas que também estavam praticando o run commuting. Nesse momento, há o “reconhecimento de grupo” com manifestações mútuas de “bom dia”, dito com muita alegria ao acenar as mãos.
Por fim, no congresso ficamos praticamente o tempo todo em auditórios, ministrando e assistindo palestras e, mesmo nas horas de pausa para o café/almoço, permanecíamos dentro dos prédios. Da janela do Eigtved Pakhus tínhamos a visão do canal de Copenhague e no fim da tarde, a luz do sol refletia em sua superfície. Era praticamente um chamado para sair e ver de perto, sentir o vento no rosto. Nesse momento – com um sorriso no cantinho da boca – agradecia ao universo por ter passado ali horas antes, de tênis – meu meio de transporte favorito – e me sentir tão conectada ao local que me recebeu de braços abertos.