A chegada a Munique foi extremamente tranquila, já que a Isarradweg corta o anel viário e desemboca no Jardim Inglês, um dos mais belos parques da cidade. A partir dali é possível pedalar por ciclovias ou pelos corredores de ônibus, compartilhados com bicicletas, para chegar ao centro. Munique é sem dúvida uma das cidades alemãs com maior cultura ciclística.
Demarcação da ciclovia e placas de sinalização em Munique
Outra opção de ciclovia: sobre a calçada, protegida da via
Boa parte das ciclovias fica paralela aos caminhos para pedestres, nas calçadas, separadas das ruas por um canteiro com grama e árvores. Quando as ciclovias estão nas ruas são muito bem sinalizadas, e quando não há demarcação, os outros veículos respeitam as magrelas evitando qualquer confronto. Mesmo com muito mais ciclistas do que Viena, por exemplo, pedalar em Munique é super fácil, o que me deixou encantado.
Acesso ao metrô em Munique – indicação das linhas na entrada e muitas bicicletas estacionadas
Em um dos pontos mais centrais da cidade, próximo à Marienplatz, havia uma campanha de incentivo ao uso das bicicletas, com revisão gratuita das magrelas, programas de esclarecimento e educação, distribuição de folders e panfletos além de um pequeno circuito para o iniciante praticar e adquirir desenvoltura em duas rodas.
Campanha de incentivo ao uso da bicicleta no centro de Munique
Ali fui informado de que segundo as leis de trânsito alemãs, o capacete não é item obrigatório para o ciclista, mas todas as bicicletas devem ser equipadas com iluminação dianteira e traseira, que não sejam operadas por baterias.
A cidade também é muito bem-servida de metrôs e trams. Cada pequena estação metroviária está sempre rodeada por uma infinidade de bicicletas estacionadas, possui elevadores e escadas, e os mapas metroviários são os mais comumente distribuídos em albergues e hotéis.
Bonde moderno: o VLT, ou tram, como dizem os europeus
Considerando o tamanho da cidade e a dinâmica do transporte, Munique foi até aqui o centro mais organizado e bem-sucedido que eu já vi. A arquitetura da cidade e as calçadas, bem como as placas de sinalização também ajudam, assim como a quantidade incrível de parques, praças e áreas verdes.
Minha sorte era que o tempo não estava muito bom e o caminho que eu iria seguir continuava pela belíssima Isarradweg até que eu chegasse a Bodensee-Konigsee Radweg. Assim eu consegui deixar Munique, porque minha vontade de ficar por ali crescia a cada minuto.
Leia o outro blog de Du Dias, Dicamelo: http://dicamelo.wordpress.com/