Capital do Brasil e sede do governo do Distrito Federal, Brasília é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO devido ao seu conjunto arquitetônico e urbanístico. O “Plano Piloto” foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa e os marcantes traços arquitetônicos foram criados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Já fiz várias visitas a Brasília, sempre de carro e parando próximo aos locais que queria passear ou mesmo trabalhar. Sempre imaginei que era uma cidade boa para se viver, pois tudo é plano, espaçoso, bonito e agradável, com várias atividades culturais e um céu fantástico. Pois é, a partir do momento que coloquei um olhar acessível sobre ela, descobri que não é exatamente como pensava.
Sim, é plana, espaçosa, bonita, tem várias atividades culturais e um céu fantástico, mas para quem utiliza cadeira de rodas não é nada agradável. O fato é que se esta cidade não foi feita para pedestres, que dirá para cadeirantes!
Monumentos, palácios, esculturas, espelhos d´água e gramados vão marcando a paisagem de longas quadras construídas na cidade. E nesses caminhos é muito difícil encontrar rampas de acesso e, quando existem, geralmente ficam de um lado só da rua, pode?
Calçadas irregulares revestidas de pedras portuguesas, blocos de pedra e grama são bonitas de se ver, mas completamente inadequadas para cadeiras de rodas, carrinhos de bebês, patinetes e skates. Realmente não foi fácil. Meus passeios demoraram bem mais do que eu imaginava porque a maior parte do tempo tive que procurar acessos para subir e descer com a Julinha. Observo que os passeios internos, e tem muita visita guiada por lá, são os mais indicados para cadeirantes.
Praça dos Três Poderes – Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional -, Catedral Metropolitana, Palácio da Alvorada, Biblioteca Nacional, Museu da República, Centro Cultural Banco do Brasil e Pontão foram meus passeios em um fim de semana ensolarado.
Vale muito conhecer os encantos de Brasília, mas lembre-se de que a paciência será a sua melhor amiga.