Mobilize

Olá,

O dia 16 de abril  é considerado Dia Mundial da Voz. A data foi criada para lembrar a importância dos cuidados com a voz,  que é um importante instrumento de comunicação.

Agora, no próximo 16 de abril (terça-feira), um grupo de organizações quer dar visibilidade (e voz) ao recorte feminino da população com deficiência, que ainda está à margem do movimento feminista.

No Brasil, segundo o IBGE, aproximadamente 23,9% da população têm algum tipo de deficiência e desse total a maioria são mulheres. Mulheres que estudam, que trabalham, que querem construir suas famílias, viajar, viver sua vida plenamente. Mas será que elas conseguem?

A luta diária por inclusão e acessibilidade em todas as suas formas perpassa também a luta de gênero, já que questões relacionadas à condição feminina são ainda mais invisíveis do que a própria deficiência. No Dia Mundial da Voz, queremos que vocês nos ouçam e entendam o que temos para dizer.

Com o objetivo de encontrar, reunir e empoderar essas mulheres, que muitas vezes estão em situação de vulnerabilidade ou até mesmo “presas” em suas próprias casas, a Associação Brasil Saúde e Ação (Brasa) com o apoio da organização Rehabilitation International (RI) criou o projeto Vozes Femininas – Uma rede de mulheres com deficiência no Brasil.

O formato encontrado para criar e fortalecer essa comunidade feminina é por meio de educação e formação, a fim de que elas se tornem líderes de mobilização em suas comunidades. O programa de formação será feito por meio de uma plataforma de educação à distância, junto com sete encontros presenciais na cidade de São Paulo, que se iniciam em junho.

O programa de formação é exclusivo para mulheres com deficiência, mães e cuidadoras não profissionais de pessoas com deficiência. Mulheres sem deficiência podem acompanhar e participar como voluntárias nas atividades. Homens, com e sem deficiência, podem acompanhar o projeto pelas redes sociais, pelo site e, eventualmente nos eventos presenciais.

“É importante que as informações sejam disseminadas para toda a sociedade, mas os momentos de troca são especialmente focados nas mulheres, mães e cuidadoras por se tratar de questões muito íntimas, específicas e situações comuns às suas vidas” comenta a idealizadora do projeto e doutora em psicologia Ana Rita de Paula. Ela é ativista do movimento pelos direitos da pessoa com deficiência e foi pioneira em aprofundar as questões de gênero no universo de acessibilidade com sua tese de mestrado “Corpo e Deficiência, Espaços do Desejo. Reflexões sob(re) a Perspectiva Feminina”.

Quer saber mais sobre o Vozes Femininas?
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