Hoje faremos uma viagem diferente. Como é do conhecimento de todos, celebramos no dia 1º de maio o Dia Mundial do Trabalho. Tomo a liberdade de compartilhar uma experiência positiva de inclusão social em que a protagonista sou eu.
Trabalhar com pessoas é o meu negócio. É o que sei e o que gosto de fazer.
Ser publicitária e especialista em gente me permitiu ter contato com tudo e todos desse mundo encantador que me ensinou e fortaleceu. Estou na área de Desenvolvimento Humano do Grupo Fischer (grupo de soluções integradas de comunicação) há 19 anos, selecionando profissionais para equipes de alta performance nas diversas áreas de comunicação. Me especializei no nosso negócio para, cada vez mais, acertar nas minhas buscas.
Pois é, aí a esclerose múltipla apareceu na minha vida e, com ela, limitações que dificultaram muitas coisas, mas com certeza me presentearam com um olhar diferente para o mundo, ao mesmo tempo mais complacente e mais exigente. Tudo foi acontecendo aos poucos. Desde a descoberta da doença, faz parte do meu dia a dia conviver com muitas emoções que envolvem conhecimento de tratamentos até entender qual é o limite para não me prejudicar e não deixar de vivenciar experiências ricas da vida. Muitas das experiências me permitiram abraçar a área de Diversidade e Inclusão Social dentro do Grupo. Descobri que há muita coisa para aprender e para fazer.
Atualmente, além do meu trabalho na área de Desenvolvimento Humano, sou membro da Rede Empresarial de Inclusão Social, atuo ativamente nas audiências públicas, seminários, jornadas culturais e fóruns de acessibilidade e cidadania. Tenho certeza que já aprendi bastante, mas ainda tenho muito a aprender. A inclusão das pessoas com deficiência nas companhias é pauta presente nos encontros que participo, o que me dá o privilégio de ouvir o que vivencio na prática. É maravilhoso trabalhar com os deficientes, mas deve-se ressaltar que é importante tanto a qualificação do deficiente na atividade que desenvolverá quanto a preparação e qualificação da empresa para recebê-lo e fazê-lo se desenvolver.
Sim. Foi exatamente isto que aconteceu comigo. Ao mesmo tempo que havia a progressão da doença, havia a progressão da busca de minhas especializações, diretamente motivada e incentivada pelos meus gestores.
Esse ambiente saudável me possibilitou seguir e, cada vez mais, me aperfeiçoar para o desenvolvimento da minha função na empresa.
É extremamente importante que a companhia entenda a diversidade como estratégia do negócio. Com esta visão, todos serão beneficiados. Aconteceu comigo e, tenho certeza, se estenderá para muitos a partir do entendimento deste conceito. Um bom executivo, nos dias de hoje, deve ter este olhar de
inclusão social ativo em suas atividades. Fica a dica!