Inicio minhas postagens por aqui revelando uma das coisas que mais gosto de fazer. Sabe o que é? Viajar. Sim, viajar.
Não importa pra onde, de que forma, com quem, viajar é encantador.
A paixão por viagens sempre existiu e me despertou uma vivência espetacular e curiosa. Sempre que estou fora do Brasil, principalmente nos EUA e em alguns países da Europa, meus passeios são bem mais completos e confortáveis. Pois é. Descobri que um tal de “Turismo Acessível” nestas localidades faz a diferença. Você sabia que no mundo, principalmente, nos EUA e Europa, o investimento em turismo acessível é pra lá de fantástico? Por exemplo: a movimentação financeira de mercado no ano de 2011 em turismo acessível nos EUA foi de 12 bilhões de dólares. Realmente genial, não é mesmo? E no Brasil, temos este número contabilizado? Não, ainda não temos. Mas é importante ficarmos atentos e olhar para este mercado de maneira diferente. Você sabia que no Brasil, pelo censo de 2010, 45 milhões de brasileiros possuem alguma deficiência? E, destes, 8 milhões têm mobilidade reduzida? E, ainda, representam um potencial turístico de R$ 1,2 bi de faturamento? Pois é. São pessoas que anseiam por informações e querem viajar, mas não sabem as condições que encontrarão nos seus passeios.
Mesmo diante de números tão favoráveis, vejo pouco movimento nos órgãos públicos e privados. Vemos algumas ações pontuais, mas logo perdem força, desaparecem, tomam outro caminho e fica somente o burburinho da estreia. Sim, precisamos ter um olhar seguro e definitivo para o turismo acessível no Brasil. Tenho certeza que milhares de brasileiros agradecerão poder viajar confortavelmente e milhares de turistas estrangeiros com mobilidade reduzida virão prestigiar cada vez mais o nosso país.
Recentemente participei da ABAV – 41ª Feira de Turismo das Américas.
Na programação havia uma série de palestras interessantes sobre turismo em geral, sendo que duas enfocavam o turismo acessível. Claro que me interessei! Uma das palestras tinha como tema “Turismo acessível: venha conquistar este segmento potencial”. E a outra, “Organizando a sua viagem com acessibilidade”. Apesar desses temas tão interessantes, palestrante informado, espaço bacana, atraíram pouquíssimo público, de 6 a 10 pessoas! Tudo bem que o som não estava lá essas coisas, mas mesmo assim me decepcionei com a pequena participação.
Ops, o que me deixa triste é saber que muita gente deveria estar presente para entender e descobrir mais sobre este assunto e não estava por lá. Fica a dica: vamos conhecer o turismo acessível mais e melhor, ok?
Assim, nós que temos mobilidade reduzida poderemos participar de um cenário onde a diversidade, além de bem-vinda, é respeitada.
No próximo post vou ilustrar algumas vivências. Até breve!