A grama do vizinho-ideias de fora é uma nova seção no blog: todo mês publicarei alguma coisa que vi em outras cidades -ou em reportagens sobre outras cidades- que podem ser boas ideias para São Paulo ou qualquer outra concentração urbana.
E se não são aplicáveis ou não valham a pena, que pelo menos nos estimule a discutir e pensar soluções!
Para inaugurar, a ideia do mês vem de Medellín na Colômbia, e o foco é na ACESSIBILIDADE UNIVERSAL.
Chamou muito minha atenção quando me deparei com essa faixa de pedestres com piso tátil para deficientes visuais, porque, de que adianta sinalizar na rampa que a pessoa está chegando na rua, em um cruzamento, mas não continuar sinalizando a rota?
Iniciativas como essas “empoderam” as pessoas e garantem o acesso a cidade, e com isso força-se a ter um asfalto de qualidade no local de cruzamento.
Me marcou uma vez em um evento da Rede Nossa São Paulo em que um deficiente visual da plateia a pesar de toda a discussão de calçada e o quão inacessíveis são, preferiu simplificar e dizer: “Antes de discutir as calçadas que não são de poder público, podemos melhorar o que está nas mãos do poder público: o asfalto (da faixa de pedestres). Desafio todos vocês ao saírem daqui cruzarem uma rua com os olhos fechados e não caírem ou tropeçarem nas irregularidades do piso.”
Acredito que essa solução só funciona de maneira integrada- ou seja calçadas e faixas- e nesse caso por termos a Paulista e a Faria Lima já mais avançadas no tema, com calçadas nos padrões de acessibilidade, poderiam servir de projeto piloto, junto com os sinais de pedestres sonoros também. Ambas iniciativas estão no poder público, nas mãos da CET.
O que você acha?
Você acha que essa iniciativa tem impacto na vida das pessoas? Garante independência ou não? É possível implementar em São Paulo?