Sou viciada em fazer listas, admito.
Tenho uma lista de coisas “TO DO” em Sampa, que ao invés de ir diminuindo ao dar “check”, só aumenta. E, ao contrário das outras listas “to do” da vida, o fato de essa crescer não me incomoda nem um pouquinho; pelo contrário, me deixa mais feliz e desafiada! (Ou seja, sugestões de programas na cidade são ultra bem-vindos)
Num domingo ensolarado, convenci duas amigas e fui a um dos lugares que já estava há algum tempo na minha lista: a trilha para Pedra Grande, no Parque da Cantareira. (http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/213-parque-estadual-da-serra-da-cantareira).
Para aqueles que ainda não foram: passeio obrigatório a quem mora na nossa linda selva de concreto. Além de poder curtir um pouquinho de sombra e silêncio da trilha na natureza fechada, depois do esforço da subida, você é recompensado com uma das mais belas vistas de São Paulo que, desculpem o clichê, é de tirar o fôlego.
Chegando lá em cima, depois de suar um pouquinho, é só sentar na pedra, curtir um sol e pensar sobre a vida, a cidade, os problemas e, claro, as soluções.
E não é que toda essa caminhada, essa suadeira, mais uma vez ativou meu cérebro para ideias inovadoras/loucas de soluções de mobilidade. Enquanto subia, com aquele calor, só consegui pensar: “Como queria descer de escorregador!”.
E PRONTO, ESCORREGADOR!
Pronto? Isso mesmo!!!
Já imaginou se os bairros muito montanhosos, nas ruas de subidas íngremes, depois de subir pudéssemos ser recompensados descendo escorregando?
Quantos não iríamos pensar nem duas vezes antes de subir essas ruas? Quantos de nós deixaríamos de nos queixar de São Paulo não ser plana? Quantos iríamos subir com o único objetivo de descer nos divertindo e com o ventinho na cara?
Seria uma forma rápida, simples e divertida de incentivar as pessoas a caminharem mais, preservando o joelho, que é o mais prejudicado nas descidas a pé, e evitando outros acidentes nas calçadas.
POR QUÊ NÃO PODEMOS TRANSFORMAR A NOSSA CIDADE EM UM PARQUINHO GIGANTE?
Eu acredito no uso da diversão para incentivar práticas melhores, a tal “fun theory” que a Volkswagen investiu, criando ações incríveis. Quem não conheceu a escada-teclado? Que repercutiu no mundo todo pela simplicidade, e não é que eles também fizeram um projeto de escorregar, mas não nas ruas outra vez no Metrô.(http://www.thefuntheory.com)
(VEJA O VÍDEO: Fun Theory- Escorregador)
É incrível ver a reação das pessoas, e como mudam a sua relação com o deslocamento.
Já tenho até mesmo algumas ideias de onde fazer o projeto piloto do escorregador. Quem esteve conosco em nosso último passeio pela Vila Madalena conheceu o lugar e a proposta, e aprovou.
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Apesar de saber que implica muitas questões técnicas, acho uma solução viável, plausível e divertida. E ainda mais sabendo que essa solução já tem sido usada em escritórios para substituir escadas e deixar os colaboradores mais contentes, e em algumas cidade européias ao lado de escadas no espaço público. Por quê não podemos ter isso nas nossas ruas considerando nosso relevo super montanhoso para todos os cidadãos estejam mais contentes e motivados?
Veja alguns escritórios que adotaram: http://www.topmanagementdegrees.com/spectacular-office-slides/
Arquitetos malucos de plantão?!
Sim, sou consciente de que teremos que avaliar o problemas nas chuvas, o material correto, a inclinação, além de muitas outras questões, mas… não valeria a pena criar algo assim, que deixe a cidade mais prática, criativa, divertida e humana?
EU APOIO ESCORREGADOR COMO SOLUÇÃO DE MOBILIDADE URBANA!
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E teve até gente falando em escorregadores urbanos, mas até agora apenas ao lado de escadas:
Veja outras formas da cidade se transformar um parquinho:
Balanços em pontos de ônibus:
Balanços embaixo de Viadutos:
http://basurama.org/pt-br/geral/parque-de-diversoes-minhocao
Faixa de pedestre divertida:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10150323910410978.339061.41066255977&type=3