Novo ano se inicia e se renovam os desafios e as esperanças por uma cidade humanizada e acessível, com transporte coletivo de qualidade.
Em 2018, fizemos o acompanhamento da mobilidade e realizamos ações como o protesto contra a imobilidade no TTN (“Terrível Trevo Norte”). Por falar em protesto, no auge da crise de desabastecimento nos postos de combustível (maio/2018), pedalamos em grupo e convidamos mais pessoas a testar a bicicleta no trajeto para o trabalho.
Protesto contra as obras do TTN em junho de 2018. |
Boicote saudável ao aumento da gasolina. Maio/2018. |
Entre as sugestões protocoladas na ouvidoria do GDF, estão: ações de acessibilidade no Setor de Rádio e TV Sul; solicitação de faixas de pedestre no final da W3 Norte; melhorias aos pedestres e ciclistas ao longo da W4/W5 Norte. As solicitações de informações e providências estão todas reunidas em seção própria do blog (clique para acessar). Infelizmente, em geral, as autoridades competentes não tomam as providências necessárias.
Neste ano, estamos em busca de colaboradores. Dá trabalho cuidar do blog, ficar atentos às notícias, protocolar queixas e sugestões no GDF, escrever textos, produzir vídeos e realizar caminhadas e intervenções urbanas. A proposta é ampliar o número de colaboradores, planejar mais ações e buscar recursos para viabilizar os projetos. Então, se você é entusiasta da mobilidade e qualidade de vida e quer escrever textos, garimpar conteúdo e planejar ações, junte-se a nós!
As leis estão em nosso favor, com destaque para a Política Nacional de Mobilidade Urbana, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, a Lei de Acesso à Informação e várias leis distritais sobre mobilidade. O controle social é fundamental para fazer valer as leis e garantir uma cidade em que se possa caminhar e pedalar em segurança.
Infelizmente, o transporte por carro tem sido incentivado e mais pistas, túneis e viadutos são construídos, enquanto os usuários de ônibus sofrem diante da precariedade (desconforto e insegurança). O resultado é facilmente notado: congestionamentos, estresse e poluição. Calçadas e ciclovias destruídas ou sem conexão compõem o cenário desafiador.
Eixão Norte: muitos carros, transporte coletivo sem prioridade, pedestres e ciclistas em risco.
A caminhada é árdua, mas necessária. A busca por uma cidade humanizada e acessível depende do esforço em sensibilizar as autoridades para o necessário planejamento urbano voltado para as pessoas, e não para motores. A tendência nas cidades modernas é investir nos modos saudáveis e coletivos de transporte. A capital federal pode e deve seguir essa tendência.