Iniciativas como a do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), que acaba de lançar o Fórum Paranaense de Acessibilidade, chega com a proposta de disseminar em todo o Estado a importância da implantação plena da acessibilidade.
A exemplo de todas as outras sete regionais do CREA no Estado, a de Apucarana vai mobilizar a região para discussões em torno do tema. Programado para o dia 11 de julho, o evento vem reforçar iniciativas como a da câmara de vereadores de Apucarana, que aprovou no mês passado, por unanimidade, projeto de lei prevendo a instalação de piso tátil nas calçadas do município.
O piso tátil se trata de uma placa adesiva diferenciada na textura e cor, com uma largura média de 40 centímetros. Sua principal função é orientar pessoas com deficiência visual ou com baixa visão, que poderão através do piso deslizar com a bengala pelos trilhos obtendo um melhor direcionamento ao caminhar pelas calçadas. Com a aprovação do projeto a área central da cidade terá o prazo de dois anos para se adequar a norma e, em até cinco anos toda a cidade deverá ter o piso tátil instalado.
A proposta do CREA é promover o fórum em diversas cidades do Paraná ao longo do ano, abordando temas como legislação, normas, calçadas, arborização, novas tecnologias e inclusão no ambiente de trabalho, entre outros. Segundo o engenheiro civil Antônio Borges dos Reis, coordenador do Fórum, o objetivo é fazer do Paraná um Estado modelo em acessibilidade para o Brasil.
“Acessibilidade não é apenas construir rampas de acesso para cadeiras de rodas ou banheiros adaptados, mas um conjunto de intervenções. Com o Fórum, uniremos poder público, associações de classe, ONG’s, universidades e sindicatos, enfim, as instituições que se preocupam com o tema para realizar uma grande discussão em todo o Paraná. E, acima de tudo, conscientizar as pessoas, empresas e instituições públicas para termos um país verdadeiramente acessível”, ressalta.
A frente da organização do fórum em Apucarana, o gerente da regional do CREA na cidade, Djalma Bonini Junior, pretende mobilizar toda sociedade organizada e a comunidade na discussão do tema. “Quando falamos em acessibilidade, temos que ter em mente permitir o melhor acesso possível aos diversos locais do cotidiano, desde um cadeirante, uma pessoa com deficiência visual, até uma mãe empurrando seu filho em um carrinho. As soluções encontradas pela engenharia, como rampas, piso tátil, plataformas elevatórias, entre outras, vêm de encontro com o anseio da população na liberdade de circulação”, analisa Bonini.