Motoristas são, em média, 4 kg mais pesados que ciclistas, diz estudo

Essa é uma das conclusões de pesquisa inédita feita na Europa que relaciona índice de massa corporal com meio de transporte escolhido pela pessoa

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Fonte: The City Fix Brasil  |  Autor: Sergio Trentini  |  Postado em: 09 de setembro de 2016

Times Square (NY): as pessoas ganharam mais espaço

Times Square (NY): as pessoas ganharam mais espaço nas vias

créditos: NYC DOT/Flickr

 

Escolhemos as cidades para viver, mas o uso do solo nas metrópoles é resultado de décadas de planejamento voltado para o carro. O cenário, portanto, desestimula o transporte ativo e o exercício físico. 

 

A consequência disso é que 2 bilhões de pessoas estão acima do peso no mundo inteiro. Um número bem superior ao que se via em 1980, quando os 'gordinhos' eram 875 milhões. 

 

Recentemente, uma pesquisa realizada na Europa, encomendada pelo jornal El País, monitorou cerca de 11 mil voluntários e obteve como um dos resultados preliminares que pessoas que dirigem carros são, em geral, 4 quilos mais pesadas que ciclistas.

 

O estudo realizado em sete capitais europeias pretende analisar os hábitos de transporte e relacionar aos hábitos de saúde das pessoas. É verificado como as pessoas se movem na cidade, quais meios de transporte utilizam e quanto tempo gastam em seus deslocamentos diários, entre outras questões sobre mobilidade. Aliado a isso, os pesquisadores querem saber o peso, a altura, acidentes recentes e se a pessoa caminha ou pedala.

 

Primeira pesquisa do tipo

Por mais que a premissa de urbanismo e saúde pública e as vantagens do transporte ativo sejam conhecidas há algum tempo, essa é a primeira pesquisa que relaciona o índice de massa corporal com o meio de transporte escolhido pela pessoa. A importância de um estudo como esse encontra amparo nas 5,3 milhões de mortes por ano, no mundo, em consequência do sedentarismo.

 

“Os dados finais serão publicados em três meses e incluirão dados mais detalhados sobre assuntos como a possibilidade de a contaminação do ar diminuir significativamente os efeitos positivos de andar de bicicleta”, explicou David Rojas, pesquisador do Instituto de Saúde Global de Barcelona, integrante do estudo para o El País.

 

Para o pesquisador, o trabalho deve servir tanto para conscientizar o cidadão como para pressionar os governantes a fomentar políticas públicas voltadas ao transporte ativo. 

 

“Uma das cidades analisadas, Orebro, na Suécia, tinha muito mais infraestruturas para pedestres e ciclistas, e é uma das cidades com maiores níveis de atividade física”, afirmou Rojas.

 

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