"Vamos ao BNDES", promete secretário sobre suspensão da Linha 6

Secretário de Transportes Metropolitanos de SP diz que governo vai se reunir com Banco para tentar viabilizar financiamento da Linha 6 do Metrô. PPP, modelo em xeque?

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Fonte: Mobilize Brasil/ Rádio Estadão  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 06 de setembro de 2016

Obra de estação da Linha 6 do Metrô

Obra de estação da Linha 6 do Metrô

créditos: Eduardo Saraiva/ Divulgação

 

Entrevistado esta manhã (6) pela Rádio Estadão, o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo Clodoaldo Pelissioni afirmou que o governo está "bastante preocupado" com o anúncio de ontem do consórcio Move de que vão suspender as obras da Linha 6 do Metrô paulistano. 

 

Pelo contrato, à iniciativa privada cabe a construção e operação integral da Linha 6-Laranja do metrô, que ligará a região noroeste da cidade ao centro. A expectativa é a linha transporte mais de 600 mil pessoas por dia. 

 

Após reconhecer a importância da obra, o secretário explicou que o governo está indo se reunir com o BNDES para buscar explicações e tentar achar saídas que viabilizem o financiamento: "Já estamos indo atrás, e fiscalizando todos os canteiros; isso além de procurarmos o BNDES. Entendemos que o contexto político, com as denúncias da Lava Jato envolvendo as empreiteiras, levou o banco a buscar o máximo de garantias. Mas vamos conversar, até porque há contratos de outras linhas em questão...", declarou.

 

Segundo o secretário, com isso, o governo quer demonstrar que apoia o consórcio para que prossigam com o projeto: "Desejamos que este financiamento saia, e que o cronograma de finalização da linha 6, que é maio de 2021, se mantenha", afirmou. 

 

Na hipótese de não haver o entendimento com o banco, Pelissioni disse que então caberá ao grupo privado arrumar outros recursos, outras fontes de financiamento. E não descartou romper o contrato, caso isso não venha a acontecer. 

 

Questionado se diante deste resultado agora o modelo de parceria público-privada (PPP), que transfere toda a construção e operação à iniciativa privada não teria fracassado, o secretário disse que não. Ele sustenta que o modelo continua válido, pois segundo ele retira do caminho vários entraves da lei de licitações, e agiliza o processo.  

 

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