Um estudo da USP de Piracicaba apontou que 53% dos ciclistas da cidade utilizam a bicicleta para trabalhar. E ainda de acordo com esse levantamento, a maioria desses ciclistas tem carro. A tese de doutorado 'A mobilidade por bicicletas em Piracicaba: aspectos culturais, ambientais e urbanísticos', defendida por Miriam Rother sob orientação do professor doutor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, da Escola Superior de Agricultura 'Luiz de Queiroz' (Esalq/USP), mostra que os piracicabanos tem na bicicleta um dos principais meios de transporte.
Perfil do ciclista piracicabano
Na pesquisa realizada por Rother, foram entrevistados 60 ciclistas, sendo que 85% deles são homens e 15% mulheres. 32% são casados e 68% solteiros; 73% não têm filhos e 27% têm.
Desse total, 53% usam a bicicleta para ir ao trabalho, 36% para ir à escola, e 31% para lazer.
Entre os trabalhadores que usam a bicicleta, 22% tem renda de três a cinco salários mínimos, 17% declararam não ter renda, 10% ganham dois salários mínimos, 11% recebem um salário mínimo, 2% de oito a dez salários-mínimos, e 2%, mais de dez salários mínimos. O estudo também apontou que o ciclista piracicabano percorre em média 12 km entre a residência e o trabalho.
Dificuldades
A principal dificuldade para o ciclista é a falta de vias exclusivas para eles, diz o estudo, pois 96% apontaram a ausência de ciclovias como principal fator de risco. Outro problema que afeta os usuários de bicicleta da cidade é a relação com os motoristas: 83% respondeu que o desrespeito com o ciclista é uma dificuldade.
Leia também:
Em Piracicaba (SP) grupo refaz 'ciclofaixa' para lembrar morte de jovem atropelado
A mobilidade como reinvenção das cidades mais antigas do Brasil
Piracicaba inicia obras para implantar corredores de ônibus em avenidas