Para tentar frear o aumento de casos de roubos e furtos de bicicleta, a Secretaria da Segurança de São Paulo anunciou nesta quinta (25) a criação de um banco estadual de bicicletas levadas pelos criminosos.
O anúncio foi feito pelo secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, durante a apresentação mensal dos dados estatísticos sobre violência.
Segundo ele, esse banco será abastecido pelos proprietários das bicicletas que forem vítimas desses tipos de crimes. "Aquele que tiver um infortúnio de ter sua bicicleta furtada ou roubada, quando ele for registrar a ocorrência, ele fornece aquele número que está lá gravado no quadro da bicicleta", disse ele.
Assim, ainda de acordo com secretário, esse dado ficará nos cadastros da polícia e poderá ser acessado pelas patrulhas quando elas se depararem com alguma bicicleta que acreditem ser produto de crime.
Aqueles veículos que tiverem a numeração raspada poderão ser levados para uma unidade policial para dar explicações, segundo Barbosa Filho. "A troco de que vai apagar a numeração de uma bicicleta? Porque não gostou do número? Claro que não, né. Está querendo evitar que seja identificada", disse.
Barbosa Filho disse que essa medida está sendo adotada em razão do aumento do número de crimes envolvendo ciclistas, como ocorreu no último dia 10 com a relações-públicas e ciclista Thaís Gramani Serra, de 27 anos.
Ela diz ter sido agredida e teve sua bicicleta elétrica levada durante um roubo na ciclovia da avenida Sumaré (zona oeste). Ela ficou com o rosto machucado após receber uma pancada.
"Em São Paulo, o uso da bicicleta está ficando cada vez mais comum. [Queremos] oferecer um pouco mais de segurança para os usuários das ciclo faixas, não só da Sumaré, mas de todas as ciclo faixas de toda a cidade de São Paulo", disse o secretário.
A pasta não informou a quantidade de bicicletas furtadas ou roubadas neste ano, em comparação a outro anos. Também não há data exata para o sistema começar a funcionar.
O secretário disse ainda que não será obrigatório a apresentação desse número no registro do boletim, ao contrário do que ocorreu no ano passado nos registros de furtos e roubos de celulares que era exigido o IMEI (identificação internacional de equipamento móvel, em português).
Ele disse ainda que serão feitas campanhas para divulgação da novidade até para que as pessoas passem a anotar esse número da bicicleta que funciona como uma espécie de chassi dos veículos automotores.
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