© Américo Meira, via Flickr. Licença CC BY-ND 2.0
A rede de ciclovias prevista para a cidade está disponível na página da Câmara Municipal na internet e, segundo o presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), José Manuel Caetano, até junho ou julho de 2017, Lisboa terá "mais do dobro do que já existe" em termos de ciclovias.
Segundo Caetano, "o que está em execução vai permitir que exista uma rede muito importante" de ciclovias na região. "Já não somos um mau exemplo para a Europa" e "já não é por faltas de ciclovias que as pessoas não andam de bicicleta", comentou o presidente da FPCUB.
Atualmente a rede cicloviária de Lisboa tem aproximadamente 60 km de ciclovias e ciclofaixas e os planos da FPCUB compreendem a ampliação da rede, embora a quantidade de vias a serem construídas ainda não foi divulgada.
"Há um objetivo de desenvolver esta rede e alargar não só as ciclovias, mas também outro tipo de soluções cicláveis, um pouco por toda a cidade", afirmou, acrescentando que estão em curso várias obras que contemplam estas vias, como é o caso do Eixo Central e da Alameda dos Oceanos.
A nova medida é em parte impulsionada pelo número crescente de usuários de bicicleta pública alugadas. Cada vez mais "pessoas chegam a Lisboa a perguntar onde é que as podem encontrar", disse José Manuel Caetano, acrescentando que, "no passado, isso não acontecia e só mostra que o mercado está a crescer".
Os turistas estrangeiros são os que mais recorrem aos serviços, bem como "as empresas que pretendem organizar eventos com os seus colaboradores", disse Vítor Peixoto, um dos responsáveis pela Belém Bike, empresa de venda e aluguel de bicicletas, adiantando que, em situações pontuais, também "as famílias que pretendem passear calmamente junto ao rio" recorrem ao aluguel.
Segundo as autoridades, a rede cicloviária de Lisboa ainda não é suficiente para a quantidade de usuários e há ainda outro problema: "a falta de civismo dos automobilistas, que não partilham corretamente o espaço na via rodoviária." A prefeitura está, no entanto, lidando com a questão e até meados do próximo ano acredita-se que a cidade estará muito mais adequada às demandas dos ciclistas.
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