Imagine ter que viver em uma cidade cheia de morros onde os veículos ziguezagueiam torturantemente subindo ruas íngremes. Os moradores de La Paz, na Bolívia, particularmente aqueles que vivem na parte alta da cidade, em El Alto, agora têm motivo para se alegrar: ali foi instalado o maior sistema de teleférico do mundo para ajudá-los a fugir do tráfego interminável da hora do rush nesta região.
Com cerca de 13 km, a rede de teleféricos passa por 11 estações com terminais elegantes e modernos. É a mais longa rede de teleféricos no mundo. Anteriormente, os moradores de El Alto precisavam acordar de madrugada para pegar um ônibus e descer o morro para chegar a tempo em seus empregos na cidade.
Era uma forma cansativa e tediosa tanto para ir como para voltar da movimentada La Paz, em meio a um trânsito engarrafado terreno traiçoeiro e instável.
O sistema de gôndolas livra os moradores da região de toda esta jornada longa e desconfortável em meio a estridentes buzinas e a fumaça dos escapamentos.
No total, três linhas de bondes do sistema podem acomodar até 18.000 passageiros, que podem levá-los a 12 km/h para o seu destino em menos de uma hora.
O mais importante, além de aliviar o congestionamento, é que o sistema de teleférico funciona com eletricidade, o que consideravelmente reduz a poluição.
Como vantagem adicional, os passageiros podem relaxar com uma bela vista das montanhas dos Andes cobertas de neve, e a visão colorida das ruas de La Paz, logo abaixo.
Criado pelo grupo Doppelmayr Garaventa, da Áustria, o sistema de teleféricos de La Paz custou US$ 234 milhões.
Os passageiros pagam em média de 2,50 a 3,50 pesos bolivianos (R$ 1 a 1,50) para se deslocar de El Alto à zona comercial de La Paz.
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