Campanha Sinalize: 70 avaliações no Vale do Aço (MG)

Alunos de Engenharia da Unileste avaliam a sinalização para pedestres, ciclistas e transporte público nas cidades de Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano, em MG

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Fonte: Mobilize Brasil/ Unileste  |  Autor: Marcos de Sousa/ Mobilize Brasil  |  Postado em: 13 de julho de 2016

                               Faixa de pedestres em Coronel Fabriciano, uma das cidades avaliadas no estudo da Unileste. Foto: Reprodução

Lembram da Campanha Sinalize!? Em junho passado, alunos dos cursos de  Engenharia e Administração da Unileste - Centro Universitário do Leste de Minas Gerais assumiram a tarefa de avaliar a sinalização para pedestres, ciclistas e usuários do transporte público na Região Metropolitana do Vale do Aço, em Minas Gerais. A região congrega cerca de 550 mil habitantes nos municípios de Ipatinga,  Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo, e apresenta as mesmas carências de sinalização de grande parte das cidades brasileiras.

 

"No total conseguimos avaliar 70 locais, que receberam notas em torno de 2 ou 3, o que revela a falta de cuidado dos gestores públicos com a sinalização para os não-motoristas. As melhores notas ficaram em 5 ou 6", comenta o professor Mateus Araújo Maia, que coordenou a pesquisa na região.

 

Em maio, professor e alunos realizaram duas conferências eletrônicas com o colaborador do Mobilize e coordenador da Campanha Sinalize, Eduardo Dias de Souza. Nessas "aulas", Du Dias explicou os critérios e mostrou exemplos de como utilizar os formulários da Sinalize!

 

Depois, com os formulários em mãos, os estudantes saíram a campo a pé, de bicicleta ou de ônibus e verificaram que mais de 90% da sinalização de suas cidades está voltada apenas aos automóveis. "Os alunos descobriram um mundo de informações... Embora a maior parte deles utilizasse essas ruas diariamente, eles não tinham visão sobre esses problemas. Depois de conhecer como poderia ser, por meio da aula que fizemos, e o que poderia ser melhorado, eles começaram a interagir e apontar outros pontos, em outras cidades até, onde a situação de sinalização é melhor, ou pior" comentou o professor Maia.



                            Mapa da área central de Ipatinga (MG) com algumas avaliações

 

A pesquisa envolveu 18 grupos de estudantes durante dois dias. Após o trabalho de campo, os alunos tinham que montar uma apresentação e falar durante 15 minutos sobre a experiência. 

 

Mestrando em Transportes, o professor Mateus Maia comenta que decidiu realizar a atividade porque gostaria muito que os cidadãos tivessem consciência de cobrar os gestores públicos para a melhoria da mobilidade leve em suas cidades. "Quando introduzi o assunto, boa parte dos alunos achava que essa atividade não iria agregar valor em sua formação profissional. Mas, à medida em que começaram a compreender melhor o tema e sua importância, foram surgindo várias perguntas sobre as possibilidades profissionais na área de mobilidade...Os demais professores também ficaram muito entusiasmados porque os comentários no facebook e na sala de aula mostravam que os alunos estavam mudando suas visões sobre mobilidade urbana", conta Maia. 

 

Veja uma apresentação preparada por alunos sobre o trabalho realizado com sinalização para pedestres:



 

Veja um depoimento do aluno Heitor Brandão:


Veja a avaliação do professor Mateus Maia sobre a parceria Unileste-Mobilize Brasil:

 

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