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A menos de dois meses para o início da olimpíada, a principal obra de mobilidade da cidade ainda está em fase de finalização. O Governo do Estado do Rio, no entanto, garante que a obra do metrô ficará pronta para os jogos. A ligação entre a Barra, na Zona Oeste, e Ipanema, na Zona Sul da cidade, tem 16 km e passa por cinco estações, em 13 minutos.
A Linha 4 do Metrô,-a maior obra do país-, consumiu R$ 9 bilhões e está atrasada e precisa ficar pronta até o dia primeiro de agosto para os jogos olímpicos. Os trens começaram a circular em fase de testes e a equipe de reportagem do Bom Dia Rio mostra como será a viagem dos passageiros.
Na plataforma da estação General Osório, em Ipanema, o secretário de Transportes, Rodrigo Vieira, respondeu sobre a dúvida do Tribunal de Contas do Estado, se o tempo de testes é suficiente para garantir a segurança.
“Na verdade os testes já começaram, os trens, foram no ano passado e os sistemas começaram no final do ano passado também. Nós testamos cada sistema na fábrica e depois cada sistema aqui na obra. Todos os sistemas já foram testados e agora a gente tá fazendo testes integrados. Toda esta documentação será apresentada ao Tribunal de Contas para que ele possa confirmar que todos os passos foram feitos”, garantiu o secretário.
Os testes acontecem em baixa velocidade e durante a madrugada, quando há menos operários trabalhando, e os trilhos podem ser energizados. “Antes das estações breves subidas pra que o trem perca velocidade sem gastar energia de frenagem. E na saída da estação uma leve descida para ele ganhar velocidade novamente economizando energia”, explica Rodrigo.
A chegada à estação Nossa Senhora da Paz, que está pronta, é rápida. Já a estação Jardim de Alah ainda está em fase de finalização das obras e há bastante equipamento na plataforma. Durante a madrugada, algumas pessoas continuam trabalhando, pois o trabalho é 24 horas na estação.
Na estação Antero de Quental, muita gente ainda trabalha, pois essa é uma estação que também não está finalizada. Os trilhos estão energizados, está tudo sinalizado. “Jardim de Alah e Antero de Quental, todos já passaram de 98% e a sinalização de equipamento ou alguma instalação, o que nós mais temos que falar agora é urbanização, asfalto na rua, praça, luz, não é mais metrô. Agora é obra de devolver para a população os bairros para onde o metrô passou”, destaca o secretário.
Ainda não se sabe se haverá dinheiro para seguir com o tatuzão, equipamento que fez a perfuração das obras do metrô, até Gávea. Na estação São Conrado, e esta lateral toda aqui chama atenção esse material diferente, usado no sistema de ventilação do metrô. “Ele existe para que a gente possa movimentar o ar da insuflação e da exaustão e movimentar na eventualidade a fumaça. Por exemplo, se o trem parar aqui ele tem capacidade de pegar a fumaça e colocar para trás para que os passageiros saem pela frente da estação”, explica Vieira.
Na estação São Conrado, a polêmica é o nome. Os moradores da Rocinha reclamaram que ficou faltando o nome da comunidade, mas a estação São Conrado tem três acessos e o acesso que atende Rocinha vai se chamar São Conrado/Rocinha.
Em mais 5 km de túneis, chega-se à Barra da Tijuca. Só neste trecho, são 10 km de trilhos. Logo após a ponte estaiada, que já está toda iluminada, o metrô faz um “mergulho” para a estação Jardim Oceânico. Agora, o tempo do Centro até aqui será de trinta e cinco minutos.
Durante os jogos vão circular apenas seis trens. E só pessoas com ingressos poderão usar a linha 4. Apenas no dia seguinte da paralimpíada, 19 de setembro, a Linha 4 estará aberta, de 11h às 15h, e vai ampliando este horário conforme o intervalo entre os trens for sendo diminuído e a capacidade aumentando. Nossa expectativa é que até o final do ano o horário completo do metrô e 300 mil pessoas se beneficiando com esta linha.
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