Plano de mobilidade no DF traz 80 ações ao custo de R$ 6 bi

Expansão do Metrô à região norte começa no ano que vem e vai até 2026. Pacote inclui bilhete único, mudança em linhas de ônibus e obras no BRT

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Fonte: G1 DF  |  Autor: Gabriel Luiz  |  Postado em: 24 de maio de 2016

Rede de transporte público planejada pelo GDF

Rede de transporte público planejada pelo GDF

créditos: Agência Brasília/Divulgação

 

O governo do Distrito Federal anunciou nesta terça-feira (24) um programa com 80 ações no setor de mobilidade urbana, ao custo de R$ 6 bilhões, para tentar desafogar o trânsito nas vias da capital. Entre as medidas anunciadas está a expansão do Metrô para a região norte do Distrito Federal, que deve começar em junho de 2018 e ser concluída em maio de 2026.

 

Entre outras propostas, o projeto prevê implantação do bilhete único, readequação de oferta de linhas e horários de ônibus, e obras de infraestruturas no BRT e em rodovias. Dos R$ 6 bilhões previstos nas obras, R$ 254 milhões (4,2%) devem sair do caixa do GDF.

 

Os demais recursos devem vir de captação direta do GDF (R$ 135 milhões), de financiamentos (R$ 1,6 bilhão) e de repasses do governo federal (R$ 1,5 bilhão). O GDF também espera captar R$ 2,57 bilhões por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP).

 

De acordo com o governador Rodrigo Rollemberg, grande parte dos empreendimentos será implementada graças a financiamentos da Caixa Econômica. “Depende muito mais de nós termos a capacidade e agilidade de implementar esses projetos que vão mudar a qualidade de vida em Brasília”, disse. Ao mesmo tempo, ele reconheceu que a maioria das ações só será concluída após o fim do mandato dele.

 

"É uma política de Estado. É nossa obrigação planejar o futuro do Distrito Federal. Isso é feito por técnicos com base na necessidade da população", continuou o governador. "Tenho convicção de que os próximos governos darão continuidade em função da importância que isso tem para o futuro e para a melhoria da qualidade de vida das diversas cidades de Brasília."

 

Segundo a pasta, o objetivo das medidas é priorizar o transporte coletivo e assim desafogar o trânsito no DF. Dados do GDF apontam que a média de ocupação de carros é de 1,7 pessoa por automóvel. Ao todo, 32% da população usam transporte coletivo, enquanto 45% recorrem a carros pessoais.

 

Pelos dados da Secretaria de Mobilidade, o DF conta com uma frota de 1,64 milhão de veículos, que cresceu 99,64% em dez anos. No mesmo período, a população aumentou 24,93%, afirmou a secretaria. Em 2015, havia 2,9 milhões de habitantes no DF, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Segundo o secretário de Mobilidade, Marcos Dantas, o plano anunciado nesta terça (24) vai “mudar o paradigma da mobilidade urbana do DF”. “Não se trata de mais um plano diretor, mas sim de ações concretas”, afirmou. “Estamos trabalhando para que o usuário de transporte pegue o ônibus de um lado e chegue do outro com menos tempo no trânsito e com mais conforto.”

 

Metrô, BRT, VLT e ciclovia

Com o fim das obras de expansão do Metrô e do Expresso Sul, a adoção do veículo leve sobre trilhos (VLT) e a estruturação da rede cicloviária, o GDF pretende integrar 277,18 km de rede de transporte público. Hoje, há 110,38 km de corredores exclusivos, faixas preferenciais e vias metroviárias.

 

Das 80 ações anunciadas pelo GDF nesta terça, apenas 34 (42,5%) envolvem a execução efetiva de obras. O restante se refere a realização de projetos (27 projetos, ou 33,7% do total) e melhorias na gestão, como rastreamento de ônibus em tempo real e sistema de wi-fi em ônibus e terminais (19 ações, ou 23,7% do total). Veja nesta página a lista de todas as ações anunciadas pelo governo do DF.

 

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