Curitiba lança chamamento para propostas de sistemas de VLT e de VLP

Poder público oficializou Procedimento de Manifestação de Interesse para transporte eletrificado

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Fonte: Blog Ponto de Ônibus  |  Autor: Adamo Bazani  |  Postado em: 23 de maio de 2016

Sistema de transportes deve ter rede de veículos e

Sistema de transportes deve ter rede de veículos elétricos

créditos: Reprodução

 

A prefeitura de Curitiba lançou nesta sexta-feira (20) o edital de chamamento para interessados em participar do Procedimento de Manifestação de Interesse – PMI para implantação e operação de linhas de transporte público com acionamento elétrico (eletromobilidade), que devem abranger os principais eixos de mobilidade da capital paranaense. As linhas poderão ser prolongadas paras a cidades de Colombo e Fazenda Rio Grande.

 

Podem ser apresentadas propostas de Veículos Leves sobre Trilhos – VLT ou Veículos Leves sobre Pneus – VLP.

 

Os sistemas devem ter capacidade média de 25 mil passageiros/hora, ficando entre os atuais corredores de ônibus e o metrô:  “Segundo dados da Urbs, a capacidade de transporte deste modal é da ordem de 25 mil passageiros/hora; o BRT – no eixo sul, o mais carregado do sistema, com um biarticulado por minuto – pode transportar aproximadamente 15 mil passageiros/hora e o metrô, 45 mil passageiros/hora. Entre outras vantagens, os VLT/VLP são reconhecidos por serem confortáveis, silenciosos e, especialmente, por não emitem poluentes na atmosfera. Como as projeções são de um aumento na demanda na Linha Verde depois de concluídas as obras de reurbanização e modernização, a expectativa é de que o novo sistema permita transportar até 120 mil passageiros por dia.” – explica a prefeitura em nota.

 

O sistema proposto deve ter quatro trajetos com veículos elétricos:

  1. a)    Terminal CIC – Centro de Feiras (a ser construído no Parque da Imigração Japonesa). Na hipótese de uma abordagem metropolitana, o trajeto poderá se estender até o Aeroporto Affonso Pena e, na ponta Sul, até o Município de Araucária.
  2. b)    Barreirinha – Marechal Floriano – da divisa com Almirante Tamandaré até a Linha Verde, na altura da estação Marechal Floriano.
  3. c)    Aeroporto – Centro Cívico. As propostas podem seguir dois traçados: 1) Centro Cívico – Boqueirão, via Marechal Floriano (estação Wilson Dacheaux); e 2) Centro Cívico – Centro de Feiras (Parque da Imigração Japonesa), via Avenida das Torres.

    Em ambos os casos, caso se opte por uma abordagem metropolitana, o trajeto poderá estender-se até o Aeroporto Affonso Pena.

  4. d)    Linha Atuba – Tatuquara. Parte da estação Atuba e segue por toda a extensão da Linha Verde. No caso de uma abordagem metropolitana, o itinerário poderá ser estendido até Colombo e Fazenda Rio Grande.

 

Ainda na nota a prefeitura diz que a implantação e operação devem ser por PPP – Parceria Público Privada interfederativa:

Ao anunciar o lançamento do edital, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, ressaltou que a multimodalidade faz parte da estratégia da cidade para tornar seu sistema ainda mais seguro e eficiente. “Uma cidade moderna precisa apostar na multimodalidade e em soluções sustentáveis. A eletromobilidade chega, portanto, para se somar aos demais modais, contribuindo de maneira significativa para o aumento da capacidade do sistema de transporte público e também para a sustentabilidade”, comentou.

 

O prefeito destacou ainda o fato de Curitiba estar inovando ao utilizar para este PMI uma solução de caráter interfederativo – ou seja, que pode envolver outros estados e municípios. “Curitiba inova com a edição desta PMI interfederativa. Este procedimento permite celebrar parcerias públicos privadas (PPPs) com mais de uma cidade ou outros entes da federação, visando a execução de serviços públicos de interesse comum, como o de transporte”, comentou.

 

Os planos da Prefeitura para o novo modal incluem quatro diferentes trechos e também um “traçado livre”. Este último se caracteriza por abrir espaço para que as próprias empresas apresentem propostas diferenciadas, que explorem as possibilidades de inovação urbanística, técnica, institucional e operacional, ou outras que desejarem fazer.


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