O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) começa a operar em caráter experimental no Ceará em dezembro deste ano, de acordo com o secretário de infraestrutura do Estado, André Facó. “No período da operação assistida, a população irá utilizar o modal de maneira gratuita, isso servirá para analisarmos o serviço e fazermos os possíveis ajustes, no caso de necessidade”, disse.
A afirmação foi feita na manhã desta quinta-feira (3), durante o anúncio de retomada de 100% da obra do VLT.
Segundo o secretário, a expectativa é que até o segundo semestre de 2017 o modal passe a operar de maneira comercial, com a cobrança de passagens. Após a conclusão do projeto, a previsão é que o tempo de viagem entre o percurso que vai da Estação Iate à Estação Parangaba, considerado o mais longo, seja de 25 a 30 minutos.
Trecho 1
O contrato do processo licitatório para execução da obra da passagem inferior na Avenida Borges de Melo será assinado na próxima semana, conforme o secretário. O trecho é o mais atrasado e era o último que faltava para a retomada total da construção do ramal Parangaba-Mucuripe. Essa passagem inferior corresponde ao trecho 1 da obra do VLT, que foi dividida em três.
De acordo com a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), as obras referentes ao trecho 1 ficarão a cargo do Consórcio VLT Fortaleza, formado pelas empresas AZVI S.A do Brasil e Construtora e Incorporadora Squadro Ltda, também responsáveis pelos outros dois trechos, e custará em torno de R$ 25 milhões.
A previsão é que fique pronto em 12 meses, contados a partir da data da assinatura da ordem de serviço. Os recursos para execução são provenientes dos governos federal e estadual.
Trecho 2
O trecho 2, que fica entre as estações Borges de Melo e Parangaba, custará por volta de R$ 48 milhões. Segundo a Seinfra, os trabalhos nesse trecho estão sendo realizados nas estações Vila União e Parangaba; na linha férrea entre o Montese e Vila União e no Elevado da Parangaba.
Trecho 3, mais adiantado
Já o trecho 3, que compreende o percurso entre as estações Iate e Borges de Melo, foi o primeiro a ser retomado, em julho de 2015 e é o que está com os serviços mais adiantados. Ele contempla as estações São João do Tauape, Pontes Vieira, Antônio Sales, Papicu, Mucuripe e Iate, e está orçado em R$ 100 milhões.
Conforme a Seinfra, atualmente o VLT está com mais de 50% de avanço nas obras e, quando concluído, terá 12,7 km ligando os bairros Mucuripe e Parangaba. Desta extensão, serão 11,3 km em superfície e 1,4 km de trechos elevados.
Desapropriações
De acordo com André Facó, um total de 2.200 famílias foram impactadas diretamente com as obras do VLT. Dessas, 1.200 foram realocadas em outras moradias e apenas 34 entraram com processo judicial contra o Estado.
Oitocentas famílias da região que corresponde ao trecho 1, na Avenida Borges de Melo, estão em processo de negociação para que ocorram as desapropriações. Segundo André Facó, as famílias estão sendo realocadas para locais com infraestrutura, e em alguns casos, na mesma região da moradia anterior.
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