Seis princípios de desenho urbano para melhorar a segurança nos cruzamentos

Estes princípios visam a aproveitar o espaço viário disponível, melhorar a segurança nos deslocamentos e desenvolver um olhar de longo prazo para o desenho das ruas

Notícias
 

Fonte: Archdaily  |  Autor: Constanza Martínez Gaete  |  Postado em: 01 de março de 2016

O objetivo destes princípios é aproveitar o espaço

Princípios ajudam a aproveitar melhor o espaço viário

créditos: Nacto

 

A Associação Nacional de Funcionários do Transporte na Cidade, mais conhecida pela sigla NACTO, é uma organização sem fins lucrativos com sede em Nova York que reúne 21 cidades dos EUA para compartilharem propostas e práticas que permitam melhorar o desenho urbano.

 

Com o objetivo de fazer com que o planejamento das cidades tenha um alcance maior, o grupo elabora publicações que orientam sobre como devem ser projetadas, por exemplo, as redes de ciclovias das cidades, ou quais estratégias devem ser implementadas nas ruas para fazer com que estas apresentem uma escala humana.

 

Apresentamos a seguir seis princípios de desenho urbano que contribuem para que os cruzamentos viários sejam mais seguros. O objetivo destes princípios é aproveitar o espaço viário disponível, melhorar a segurança nos deslocamentos e desenvolver uma visão de longo prazo para o desenho das ruas.

 

PRINCÍPIOS

1. O desenho dos cruzamentos deve ser o mais compacto possível

 

© NACTO© NACTO

 

Segundo a NACTO, este princípio melhora a visibilidade para todos os usuários do espaço viário e, ao mesmo tempo, diminui a exposição dos pedestres e ciclistas nos pontos de conflito com os automóveis.

 

Além disso, possibilita  redução do número de vias nas quais é permitido virar e, assim, permite interseções menores, em vez de grandes cruzamentos.

 

Por fim, este princípio permite que o desenho dos cruzamentos seja feito de acordo com o movimento dos pedestres.

 

2. Analisar os cruzamentos como parte de uma rede, e não de forma isolada

 

© NACTO© NACTO

 

Quando se planeja intervir em um cruzamento que é tido como crítico, é necessário observar a capacidade e o volume do tráfego em sua totalidade; assim, é possível identificar os pontos onde é viável realizar alterações.

 

3.  Integrar o espaço e o tempo

 

© NACTO© NACTO

 

Em vez de ampliar um cruzamento acrescentando novas pistas, a NACTO considera como alternativa reconfigurar o tempo dos semáforos para o fluxo do trânsito fluir melhor.

 

4. Os cruzamentos compartilham espaços

 

© NACTO© NACTO

 

Se um cruzamento é visto como ponto conflituoso, esta situação não deve envolver apenas um meio de transporte em particular, mas todos os que compartilham aquele espaço, sejam pedestres, ciclistas ou condutores. Por isso, a NACTO sustenta que o desenho de um cruzamento deve ser feito através da integração segura de todos os meios de transporte.

 

5. Utilizar o espaço excedente como espaço público

 

© NACTO© NACTO

 

Tornar mais ativa e segura a experiência no espaço urbano é possível mediante a implementação de novos espaços públicos, que muitas vezes podem ser pequenas praças.

 

6. Projetar para o futuro

 

© NACTO© NACTO

 

As decisões envolvidas no projeto de um novo cruzamento ou na alteração de um que seja perigoso para seus usuários devem ser tomadas com base em uma visão de longo prazo. Assim é possível integrar certos fatores que nos anos ou décadas seguintes poderão ser decisivos para a região, como a demanda e o uso do solo. 

 

Leia também:

Coletivos iniciam maratona "Calçada Cilada 2016" 

Calçadas, ciclovias e muito verde: revitalização de Lisboa inicia em março 

Comissão aprova padronização de calçadas para circulação de deficientes 

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário