Um prédio de escritórios na Av. Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, tem movido esforços para estimular seus frequentadores a adotarem a bicicleta como meio de transporte. Localizado num dos principais corredores da capital paulista em número de ciclistas, o Edifício Pátio Malzoni acaba de ampliar seu bicicletário – de 122 para 166 vagas.
Em média 224 pessoas utilizam o bicicletário diariamente, dizem os administradores do condomínio. Número expressivo, que pode ser explicado em boa medida pela presença de uma ciclovia bem em frente ao prédio. E que justifica a estrutura completa montada no prédio para atender a quem trabalha de bike.
Além do espaço para guardar bicicletas, há ainda serviço de vestiários, guarda volumes, toalhas e sabonetes para que os usuários possam tomar banho na chegada ao trabalho. Também é oferecido serviço de aluguel de bicicleta e de mecânico, e uma loja com acessórios e peças. E para os visitantes que forem participar de reuniões nas empresas ali instaladas, existe serviço de valet para bicicletas.
Marcelo Miura, gerente de compras do BTG Pactual, utiliza a bicicleta praticamente todos os dias desde que passou a trabalhar no Edifício Pátio Malzoni: “Não suporto ficar parado no trânsito e há muito tempo tinha vontade de usar a bicicleta como meio de transporte, mas só agora tive a oportunidade de trabalhar num local com infraestrutura para isso. Ganho tempo e me exercito”, diz.
Outro adepto da bicicleta é o analista do ICBC Brazil, Rodrigo Fonseca. Para ele, a existência do bicicletário e de uma estrutura especial de apoio ao ciclista foram fundamentais na sua decisão de trabalhar ali: “Já usei os serviços da oficina e sempre utilizo o armário para deixar meus pertences. O bicicletário é nota dez e prima pela segurança”, diz.
Ciclovia da Faria Lima
De acordo com levantamento da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), feito em abril de 2015, somente na ciclovia entre as avenidas Faria Lima e a Rebouças chegam a circular cerca de 1.900 ciclistas, um aumento de 12,5% em relação a 2013.
São 138 ciclistas por hora, a média mais alta registrada nas contagens feitas em São Paulo. Este trecho também apresenta outras particularidades: registra a maior participação de mulheres ciclistas da cidade (13%); o mais alto índice de uso de capacetes (46%); o maior número de bicicletas compartilhadas (10%) e a maior ocorrência de bicicletas elétricas (2%) - índices todos que subiram desde a última contagem. Ao todo, segundo o Ibope, em 2015, 261 mil paulistanos passaram a usar a bicicleta para os mais diferentes tipos de deslocamentos.
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