Curitiba vai ganhar uma nova Via Calma, agora nas avenidas João Gualberto e Paraná, que passarão a ser espaços compartilhados entre ciclistas e motoristas, com velocidade máxima de 30 km por hora e prioridade para a bicicleta. As obras de preparação para a implantação da estrutura cicloviária começam nesta quarta-feira (3), com trabalhos de fresagem, para posterior implantação de capa asfáltica, pintura e sinalização das vias.
As obras foram divididas em quatro lotes e deverão ser concluídas em até cinco meses. O lote 1 compreende o trecho entre a Rua Presidente Faria e Travessa Luthero; o lote 2 vai da Travessa Luthero até a Rua dos Funcionários; o lote 3, da Rua dos Funcionários até a Rua João Havro e o lote 4, da Rua João Havro à Rua Mascarenhas de Moraes.
A nova Via Calma vai ligar a região central de Curitiba ao terminal do Santa Cândida, criando mais um opção de deslocamento seguro para os ciclistas. “Ela segue o mesmo modelo adotado na Avenida Sete de Setembro. Estamos criando condições para tirar o ciclista da canaleta e dando a ele espaço prioritário, junto da via. Com a implantação de sinalização cicloviária, as vias lentas (laterais da canaleta do transporte coletivo), passam a ser vias calmas”, explica o assessor da Coordenação de Mobilidade Urbana da Setran, Jorge Brand, o Goura.
Modelo bem-sucedido
Segundo ele, o modelo adotado na Sete de Setembro foi bem-sucedido. “Pesquisas mostraram que 80% dos ciclistas já saíram da canaleta e estão utilizando a Via Calma”, diz.
As pistas lentas vão receber obras de fresagem e recape asfáltico que beneficiarão não somente os ciclistas, mas também os motoristas. Serão retiradas algumas vagas de estacionamento de EstaR (Estacionamento Regulamentado) entre a Travessa Itália e a Rua Luiz Leão, mas apenas no sentido bairro-centro. No local serão mantidas duas pistas de circulação para veículos. O prazo para o término das intervenções na Via Calma é de até 150 dias, mas varia de acordo com o lote de obras.
Conceito
As vias calmas são estruturas cicloviárias instaladas ao longo das vias que comportam as canaletas dos ônibus biarticulados e são ladeadas por duas vias lentas com sentidos opostos de tráfego.
Ciclistas passam a transitar exclusivamente pelo lado direito da via (nos dois sentidos), sobre área demarcada em linha tracejada. A via é compartilhada entre veículos motorizados e bicicletas, com prioridade para os ciclistas. A velocidade máxima permitida para carros e motos é de 30 km/hora. Instaladas nos cruzamentos, as bicicaixas criam uma área especial de parada para bicicletas nos semáforos, entre a faixa de pedestres e a área de veículos motorizados.
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