São Paulo continua testando alguns ônibus elétricos movidos a bateria. Um deles foi fotografado hoje em operação na linha Terminal Lapa-Praça Ramos. O veículo é silencioso, não emite fumaça e mantém a mesma velocidade dos ônibus diesel que circulavam pela avenida sob o elevado "Minhocão".
Os veículos são produzidos pela chinesa BYD, que espera investir US$ 400 milhões até 2017 em três unidades fabris, a primeira delas em Campinas-SP, já em operação. Dotado de piso baixo, o ônibus tem autonomia superior a 250 km, podendo chegar a 300 km, graças a tecnologia de frenagem regenerativa, segundo fontes da empresa. A recarga da bateria é feita na garagem, por um período de quatro horas.
O cronograma da empresa prevê evolução do conteúdo nacional de seus produtos a partir deste ano até alcançar o índice de 80% a 85% em 2017, o que garantirá que os veículos da marca possam ser financiados pelo Finame.
A companhia trabalha agora no desenvolvimento de fornecedores locais e garante ter bons resultados. “Tem sido mais fácil do que imaginamos”, conta Adalberto Maluf, diretor de marketing e relações governamentais da BYD no Brasil. Ele reconhece que há alguns gargalos, entre eles a oferta de sistemas de tração, de cabos de média e alta voltagem, de células de bateria, além de controladores e inversores.
O executivo diz que o projeto da empresa para a fábrica brasileira de ônibus não foi abalado pela crise. “Há um grande potencial para ônibus elétricos nas grandes cidades. Fizemos um planejamento de 10 anos que leva isso em conta”, defende, lembrando da legislação de São Paulo (SP), que determina o fim do uso de combustíveis fósseis no transporte coletivo da cidade, iniciativa que deve puxar ações semelhantes no resto do país.
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