Risco alto para ciclistas em Petrópolis, Rio de Janeiro

Petrópolis não oferece condições favoráveis para quem usa bicicleta como um meio de transporte

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 |  Autor: Globo.com  |  Postado em: 14 de novembro de 2011

Ciclista

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créditos: Pedro Kirilos

ANo mês passado, dois menores que circulavam de bicicleta pelo bairro Quitandinha, em Petrópolis, foram atropelados e morreram. Os casos deixaram a população chocada e confirmam um problema que atinge também o Centro Histórico: a falta de estrutura para ciclistas.
 

Não é difícil encontrá-los disputando espaço com carros nas ruas ou com pedestres nas calçadas. Apesar de muito utilizada pelos petropolitanos, a bicicleta representa um grande risco.
 

Para Artur Castro, vice-presidente da Federação de Ciclistas do Rio de Janeiro e morador de Petrópolis, a geografia da cidade não favorece.
 

— Petrópolis tem as ruas muito estreitas, sem sinalização, e ainda o rio que cruza todo o município. Realmente, é muito difícil implantar um projeto aqui, e a prefeitura também não se prontifica a pensar em soluções — diz ele.

 
Castro lembra ainda que, a a muito custo, a BR-040 foi sinalizada com placas que indicam a presença de ciclistas na via. Por lá, muitos atletas e triatletas treinam diariamente, e o cuidado é necessário para evitar acidentes:

 
— Acredito que a solução para Petrópolis é investir num grande projeto que mude algumas características da cidade ou, pelo menos, pintar uma ciclofaixa. Senão, as tragédias vão continuar acontecendo.

 
A prefeitura de Petrópolis informou que não há qualquer possibilidade de implantar ciclofaixas para servir aos ciclistass petropolitanos, devido às características geográficas.
 

A Secretaria de Esportes e Lazer lembra que os ciclistas podem circular, aos domingos, pela Avenida Koeller, que fica aberta, das 9h às 13h, para práticas esportivas. E acrescenta que também o Parque Municipal, em Itaipava, tem espaço para caminhadas, corrida e uma ciclovia. Não há, porém, projetos para o sistema viário.
 

— Enquanto isso, quem usa a bicicleta para ir trabalhar, como eu, tem que continuar se arriscando. É um absurdo — protesta a comerciante Lízia Monteiro.


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