Por falta de troco, metrô de SP "reduz tarifa"

Valor varia entre R$ 3,00 a R$ 3,80, dependendo da estação. Dificuldade com troco gera grandes filas nas bilheterias. Em nota, Metrô esclarece a confusão

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Regina Rocha  |  Postado em: 20 de janeiro de 2016

Fila na estação Sé

Fila na estação Sé, hoje (20) à tarde

créditos: Marcos de Sousa


Grandes filas têm se formado nas bilheterias do Metrô de São Paulo após o aumento da tarifa para R$ 3,80, no último final de semana. O problema, segundo funcionários consultados pela reportagem do Mobilize devia-se à falta de moedas para troco nos guichês, o que aumentou o tempo de atendimento a cada usuário.


Ontem, a imprensa da cidade chegou a divulgar a informação de que a Companhia do Metrô teria reduzido a tarifa para R$ 3,50, no caso da compra de um bilhete unitário e alguns usuários chegaram a fotografar bilheterias com a tarifa reduzida para R$ 3,00. Hoje, outros veículos informavam que o bilhete estava sendo vendido por R$ 3,75 em algumas estações mais movimentadas.

 

Bilhetes a R$ 3,00 no metrô, ontem (19) em São Paulo (Foto: Rodrigo Rodrigues via G1)  


Nota de esclarecimento
Hoje (20) à tarde, depois de uma consulta à assessoria de imprensa do Metrô, recebemos a seguinte nota de esclarecimento, que justifica a diferença de cobranças em algumas estações em função do respeito ao Código Civil e ao Código de Defesa do Comsumidor.
 

"O Metrô de São Paulo informa que a tarifa em todo o sistema permanece em R$ 3,80, não havendo qualquer redução no valor da passagem. Em respeito ao Código de Defesa do Consumidor, o Metrô esclarece que em situações de falta de troco é obrigado a arredondar o valor da passagem para baixo permitindo que o passageiro tenha garantido seu direito de viagem (direito constitucional de ir e vir). Se isso não ocorrer, o Metrô pode ser penalizado pelo artigo 884 do Código Civil (enriquecimento ilícito) e pelo artigo 39, parágrafo 5° do CDC – Código de Defesa do Consumidor (exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva).
 

É do conhecimento de todos a escassez de moedas no comércio em geral, principalmente as de R$ 0,05 (cinco centavos), R$ 0,10 (dez centavos) e R$ 0,25 (vinte e cinco centavos). 
 

Como medida alternativa, nas estações em que há falta de circulação de moedas, o Metrô tem cobrado uma tarifa menor, de forma pontual. Essa estratégia não está ligada ao aumento da tarifa e, sim, à falta de troco. O objetivo é permitir que o passageiro faça sua viagem sem ser penalizado.
 

Outras medidas adotadas pelo Metrô são o remanejamento de troco de outras estações e a aquisição de troco junto ao comércio dos arredores como supermercados, atacadistas, transportadoras de valores. Além disso, o Metrô sempre solicita – por meio de cartazes, avisos sonoros e campanha na TV Minuto - que os passageiros utilizem suas moedas para aquisição do bilhete."


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