Um grupo de manifestantes interdita nesta terça-feira (12) a entrada do terminal de ônibus Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, anuncia o jornal Valor. A Polícia Militar diz que o protesto começou por volta das 7h50 e segue de forma pacífica, mas não informou o número de participantes.
O ato foi organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), responsável pelos protestos de 2013 e 2015, e, segundo o movimento, ao menos 50 pessoas participam da manifestação.
"O aumento das tarifas atingirá diretamente todas as trabalhadoras e os trabalhadores que usam o transporte, mesmo os que recebem algum tipo de 'benefício'. O preço mais alto poderá excluir mais de 400 mil pessoas do transporte dito público, sem contar as milhares de pessoas que já não podiam pagar os R$ 3,50. Por isso, o movimento luta contra o aumento da passagem e pelo real direito à cidade", dizem os manifestantes.
A SPTrans, empresa municipal de transporte, diz que os manifestantes chegaram a impedir a saída dos ônibus, mas que por volta das 8h10 o fluxo dos coletivos estava se normalizando. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirma que o protesto interditada, por volta das 8h50, os dois sentidos da avenida Padre José Maria, na altura do número 400.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirma que o protesto interditada, por volta das 8h50, os dois sentidos da avenida Padre José Maria, na altura do número 400. O preço da tarifa dos trens da CPTM, assim como do metrô e dos ônibus de São Paulo, aumentou no sábado.
Reajustados ônibus e metrô
O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), decidiram reajustar as passagens unitárias de R$ 3,50 para R$ 3,80. O aumento de 8,6% será um pouco abaixo da inflação acumulada.
Ontem, dois protestos bloquearam terminais de ônibus e avenidas da capital paulista. Os manifestantes bloquearam a saída do terminal de ônibus de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, durante cerca de 40 minutos.
Após realizarem a ação, os cerca de 40 manifestantes, de acordo com a PM, caminharam até o cruzamento das avenidas Rebouças e Faria Lima. Já no terminal Bandeira, o ato dos manifestantes a entrada dos ônibus. Uma longa fila de coletivos travou o trânsito nas avenidas próximas ao terminal, incluindo a avenida Nove de Julho. Às 8h20, o terminal foi liberado pelos manifestantes. O MPL realizará um grande protesto nesta terça a partir das 17h, saindo da praça do Ciclista, na avenida Paulista, região central da cidade.
O MPL passou a fazer protestos-relâmpago, que travam terminais e avenidas do centro expandido da capital paulista, como tática para pressionar contra o aumento das tarifas do transporte. Conhecidos como "travamentos", os atos -com número reduzido de manifestantes e, às vezes, simultâneos- foram usados recentemente por secundaristas para pressionar contra o aumento das tarifas do transporte.
Conhecidos como "travamentos", os atos - com número reduzido de manifestantes e, às vezes, simultâneos - foram usados recentemente por secundaristas para pressionar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a voltar atrás no projeto de reorganização e fechamento de escolas. Agora, os ativistas do MPL querem queo prefeito Fernando Haddad (PT) e Alckmin também revertam o aumento das passagens de ônibus, trens e metrô de R$ 3,50 para R$ 3,80. Além dos pequenos protestos, o grupo mantém na pauta grandes manifestações. Na sexta-feira passada, o primeiro ato do grupo terminou em confronto com a Polícia Militar e 17 detidos.
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