Teve início nesta quarta-feira (25) em São Paulo o seminário internacional Cidades a Pé, organizado pela ANTP em parceria com o Banco Mundial. Pioneiro e inédito no Brasil o evento que vai até sábado trata de um tema urgente do mundo contemporâneo: a humanização das cidades, pela ótica daqueles que a percorrem a pé.
A abertura do evento contou com a oficina Infraestrutura e Mobilidade a Pé, minsitrada pela arquiteta e urbanista Meli Malatesta. Com mestrado e doutorado pela FAU USP e 35 anos de serviços prestados à CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, Malatesta dedica sua atividade profissional totalmente à mobilidade não motorizada, a pé e de bicicleta.
Em sua apresentação a urbanista fez uma abordagem histórica da mobilidade no país, seguida pela descrição dos elementos da mobilidade a pé, que transcendem a calçada e a faixa de pedestres, incluindo, por exemplo, o calçadão, as praças, as galerias e as vielas. “Travessia não é só faixa de pedestre, temos as passarelas, as passagens subterrâneas ou as lombo-faixas. Paisagismo, iluminação, banco, banheiro público, tudo isso faz parte da estrutura da mobilidade a pé”, afirmou a especialista.
No período da tarde, a também arquiteta e urbanista Gabi Callejas, cofundadora do Cidade Ativa, conduziu a oficina de caminhabilidade que incluiu um safari urbano pelas calçadas do entorno do Instituto Tomie Ohtake, onde se realiza o evento. A programação completa você pode conferir no link do evento: Cidades a Pé.
O Seminário Cidade a Pé é uma realização da Comissão Técnica de Mobilidade a Pé e Acessibilidade da ANTP, com o apoio do Banco Mundial.
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