Prejuízo com acidentes de trânsito chega a 3% do PIB mundial, diz Dilma

Presidente falou hoje (18) em Brasília durante conferência sobre segurança no trânsito, e lembrou compromisso feito na ONU de reduzir o número de vítimas até 2020

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Fonte: EM.com.br  |  Autor: EM.com.br  |  Postado em: 18 de novembro de 2015

Presidente na abertura da conferência, em Brasília

Presidente na abertura da conferência, em Brasília

créditos: Roberto Stuckert Filho (PR)/ Fotos Públicas

 

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (18) que investimentos em segurança no trânsito são fundamentais na preservação de vidas e que, além disso, ainda podem trazer benefícios econômicos: "Os prejuízos causados com acidentes são estimados em 3% do PIB mundial, chegando a 5% nos países em desenvolvimento", declarou durante cerimônia de abertura da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança do Trânsito, em Brasília.

 

Dilma lembrou o anúncio que fez na assembleia Geral da ONU, de apoio do Brasil aos objetivos de desenvolvimento sustentável, entre os quais o de reduzir pela metade, até 2020, o número de vítimas de acidente de trânsito e de assegurar a qualidade da mobilidade urbana.

 

A presidente destacou as projeções mundiais de crescimento de 30% de acidentes fatais e disse que os países em desenvolvimento têm um papel fundamental na redução desse processo. "Eles respondem por mais de 90% das mortes, ainda que neles circulem apenas 54% da frota mundial", afirmou.

 

Sem citar exemplos, Dilma destacou que o Brasil tem se empenhado para promover uma mobilidade segura a todos os cidadãos ao investir em manutenção de calçadas, faixas de ônibus, ciclovias e redução de velocidade. "Mobilidade mais eficiente e segura significa vida mais saudável", afirmou.

 

Segundo a presidente, o Brasil tem como exemplo bem-sucedido a aplicação da Lei Seca, que contribuiu para reduzir entre 2012 e 2013 em 6% o número de mortes, de 44,8 mil para 42,2 mil. "É a primeira redução consistente após mais de uma década de aumento", disse, destacando que o número de mortes causadas como consequência do uso de álcool "ainda é muito elevada."

 

Ela destacou, entretanto, que "a batalha" contra a violência no trânsito é maior do que a criação de novas leis e que é preciso promover uma mudança cultural e um trabalho de conscientização.

 

Por fim, Dilma disse que também é de responsabilidade da indústria automobilística que se incorpore tecnologia de segurança nas linhas de produção de todo o mundo. Segundo ela, "não há desculpas" para não se investir em segurança.

 

Conferência

A Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança do Trânsito, que acontece nesta quarta (18) e quinta (19) em Brasília, tem como meta debater e avaliar iniciativas para reduzir mortes e lesões ocorridas no trânsito em todo mundo. Participam dos debates mais 1,5 mil pessoas representantes de 120 países. Um dos objetivos do grupo é criar mecanismos para evitar 5 milhões de mortes no trânsito por meio de programas que aumentem a segurança nas vias.

 

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