A implantação de vias exclusivas para ônibus pode reduzir acidentes de trânsito em mais de 50%, é o que diz um estudo feito pelo Centro para Cidades Sustentáveis da Embarq e o Banco Mundial. Os dados apontam ainda que a criação de vias para os coletivos sem as devidas sinalizações podem causar o inverso do apresentado acima, ocasionando em aumento de ocorrências.
O estudo sugere que vias para ônibus que possuem boa sinalização, e que os tempos dos semáforos estejam calculados coordenadamente com o tempo real que os pedestres levam para chegar ao outro lado, estão entre as causas para a redução de acidentes.
Outra recomendação é a construção de ilhas ou refúgios na metade da quadra onde pedestres possam fazer uma pausa durante a travessia em um espaço seguro. Desta forma é possível reduzir acidentes fatais e reduzir as lesões em até 35%.
O relatório aponta ainda métodos eficazes na construção de corredores relacionados às passarelas de pedestres, interseções, curvas e estações. No caso das estações, as paradas que os pedestres podem entrar após cruzar a rua ou passarela estão entre os projetos mais seguros para pedestres.
Já aquelas que os acessos estão disponíveis por vários pontos da estação, há maior risco de acidentes devido ao fato de haver mais pedestres em movimento que possam cruzar as ruas.
Entre as localidades pesquisadas, os BRTs da América Latina e Índia foram os que registraram maiores quedas de acidentes, na ordem de 52%. Por outro lado, as faixas exclusivas implantadas em cidades dos Estados Unidos, junto com a alta ocupação de pedestres, fizeram com que os acidentes aumentassem em 61%. Entre as faixas campeãs de acidentes são aquelas implantadas no contrafluxo. A base de dados aponta um aumento de 146% no número de atropelamentos.
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