Ciclovias do Guarujá (SP) precisam de melhorias

Cidade litorânea tem a segunda maior extensão de ciclovias da Baixada Santista. Mas vários trechos estão sem manutenção, entre outros problemas

Notícias
 

Fonte: Diário do Litoral  |  Autor: Rafaella Martinez  |  Postado em: 05 de novembro de 2015

Ciclofaixa da Avenida Tancredo Neves

Problemas na ciclofaixa da Av. Tancredo Neves, no Guarujá

créditos: Luiz Torres/DL

 

A segunda maior quilometragem de ciclovias e ciclofaixas da Baixada Santista está no Guarujá (SP): são pouco mais de 25 km de extensão cicloviária e 15,9 km extensão de ciclofaixas, totalizando 41 km de vias cicláveis. No entanto, falta manutenção em vários trechos, além de iluminação precária e sinalização deficiente, principalmente nos cruzamentos das vias.

 

Dados da Secretaria Municipal de Planejamento indicam que, em 2008, a cidade tinha cerca de 11,2 km de ciclovias e 7,3 km de ciclofaixas. Desde o início da gestão, a atual Administração implantou 13,9 km de ciclovias e 8,6 km de ciclofaixas.

 

Travessia da balsa

A principal malha cicloviária da cidade possui 3 km de comprimento e interliga a Avenida Santos Dumont até o Ferry-Boat, onde inúmeros ciclistas realizam diariamente a travessia das balsas Guarujá/Santos. A ciclovia é também a mais bem conservada, o que não a isenta de apresentar problemas pontuais como um buraco de grande proporção na Avenida Adhemar de Barros, à altura do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente - Fundação Casa.

 

Ainda assim, nem todos reclamam: “A sinalização está um pouco gasta no solo, mas de um modo geral a ciclovia é boa. Costumo andar de bicicleta por toda a cidade e essa é a melhor”, afirma o vendedor Luiz Gustavo.

 

Na lateral da ciclovia da Avenida Adhemar de Barros, canteiros servem como proteção, dando maior segurança aos ciclistas. E há postes de iluminação nas calçadas, que fornecem iluminação para a via.

 

Já nas ciclofaixas das Avenidas Miguel Estéfano e Puglisi, a pista está em boas condições de modo geral, embora a pintura do solo esteja gasta em toda a extensão.

 

Perto da Prefeitura, muitos problemas

A situação é bem diferente na ciclofaixa da Avenida Tancredo Neves, próximo à Prefeitura de Guarujá. A reportagem do Diário do Litoral constatou inúmeros problemas na região, que possui um fluxo constante de ciclistas. A faixa é estreita, o que faz com que muitas bicicletas dividam espaço com os carros na rua. A sinalização é precária e em vários pontos não é possível perceber a existência da ciclofaixa. Em virtude disso, o inverso também acontece: os carros muitas vezes trafegam na via.

 

“Andar por ali é muito complicado. Quando chove o risco de acidentes é grande, pois além dos enormes buracos que são cobertos pela água, também fica muita lama. A iluminação é fraca, o que pode causar acidentes. Eu mesma quase caí uma vez”, afirma a promotora Cristiane dos Santos, que usa a bicicleta como principal meio de transporte.

 

Na Avenida Dom Pedro I não existe uma sinalização adequada na ciclovia, o que faz com que muitos ciclistas ignorem a existência da mesma e trafeguem pela rua. Durante todo o trecho percorrido, a Reportagem encontrou apenas três pessoas usando a ciclovia.

 

Funcionários da prefeitura de Guarujá realizavam o corte da grama, mas é preciso também promover a poda das árvores que atrapalham o caminho durante toda a extensão. A ciclovia termina de forma abrupta, onde apenas uma pequena mureta separa a mesma do canal. Além disso, em um trecho próximo da Avenida da Saudade, o solo se elevou e pode causar acidentes graves.

 

A dona de casa Luana Miranda havia acabado de passar pelo local e reclamou do problema. “Vinha pedalando normalmente e não percebi a elevação. Quase caí e poderia ter me machucado bastante, pois a Avenida Dom Pedro I é muito movimentada. Além disso, um raminho entrou nos meus óculos e a minha sorte é que não vinha ninguém atrás, porque precisei parar urgentemente para tirar”.

 

Questionada, a Prefeitura garantiu que enviará equipes da Secretaria de Operações Urbanas nos locais indicados pela reportagem, para analisar a situação e promover os reparos necessários. De acordo com a Prefeitura, os serviços menores como tapamento dos buracos serão realizados no mesmo dia. Os de maior complexidade, como pintura de solo e sinalização serão programados para a mesma semana.

 

Para 2016, a Administração garante que está sendo desenvolvido o projeto da ciclovia da Praia das Pitangueiras, que será conectada à ciclovia da Avenida Puglisi e da Avenida Miguel Estéfano, na Enseada.

 

Leia também:

Prefeitura de Guarujá (SP) realiza audiência pública de mobilidade urbana e transporte público 

Transporte hidroviário é debatido na Baixada Santista 

Guarujá quer ampliar largura das ciclovias após rejeição de ciclistas 

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário