Destinar assentos preferenciais no transporte público é assegurar o direito das pessoas que mais precisam deles. A medida garante algo que deveria ser consenso de todos. Em um mundo ideal, nem precisaríamos destinar tantos bancos para idosos, gravidas ou pessoas com deficiência. Eles já teriam direito a vaga independente do assento.
Seguindo esta linha de pensamento, a cidade de Santos, no litoral paulista, aprovou uma lei que torna todos os lugares dos ônibus preferenciais. A medida passa a valer já a partir de 25 de novembro. Os veículos devem ser adaptados com a nova regra no ponto de vista da sinalização para o passageiro.
O autor da proposta, o vereador Adilson Junior (PT), disse que a ideia foi baseada no “clamor dos idosos, pois a população não tem a prática de educação [de ceder o lugar]”. “É uma lei que passa primeiro por uma questão de cidadania”, explica o vereador. “Entre uma pessoa jovem cansada e um idoso, acredito que o idoso estará mais cansado que ela”, completa.
Dados da CET-Santos apontam que somente no mês de setembro deste ano foram 33.372 embarques de idosos nos ônibus por dia. No mesmo período, 1.814 deficientes embarcaram nos coletivos. A média diária é de 150 mil passageiros (com gratuidades).
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