Em Sergipe, movimento denuncia irregularidades no projeto para o transporte

Representantes do "Movimento Não Pago" foram ao MPE nesta terça-feira (27) e alegam que o projeto é antidemocrático

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Fonte: G1  |  Autor: G1  |  Postado em: 28 de outubro de 2015

Movimento recorre ao MP

Movimento recorre ao MP

créditos: Tassio Andrade

 

Representantes do "Movimento Não Pago" foram até o Ministério Público Estadual (MPE) na manhã desta terça-feira (27) com o objetivo de apresentar, segundo eles, irregularidades no projeto do Consórcio Metropolitano de Transportes e cobrar uma audiência pública para que a população seja ouvida. A reunião ocorreu com o promotor de justiça Marcílio de Siqueira Pinto, responsável pela pasta da fazenda pública no MP. Para o movimento, a forma como o projeto está sendo construído prejudica os usuários e favorece os empresários do transporte.

 

“A constituição é clara e diz que toda discursão sobre mobilidade urbana deve ser pautada com a população, pela gestão democrática e pelo controle social. E, nós percebemos que o projeto foi construído de forma antidemocrática. A população não foi convidada para debater. O governo e os prefeitos elaboraram o projeto, acreditamos que com a ajuda dos empresários. Esse plano chegou à Assembleia Legislativa de Sergipe em regime de urgência, e nós apenas estamos reivindicando democracia e participação popular”, denuncia Demétrio Varjão, coordenador do Movimento Não Pago.

 

“É importante parabenizar o movimento pelo fato de estar interessado na participação da população. As sugestões foram passadas na audiência de hoje, elas são válidas e devem ser levadas em consideração”, afirma Marcílio de Siqueira Pinto.

 

Segundo o coordenador do Movimento Não Pago, as irregularidades no projeto são várias. “Para o prefeito João Alves Filho e o governador Jackson Barreto, a proposta do consórcio visa modernizar o sistema de transporte, mas, na prática, além de conter várias irregularidades, é uma mudança de fachada, que não só mantém tudo do jeito como está, como piora ainda mais a vida da população, dos rodoviários, dos transportes alternativos”, diz Demétrio Varjão.

 

A equipe de reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo do estado, mas não conseguiu uma resposta sobre os detalhes do projeto. A assessoria de comunicação da Prefeitura de Aracaju disse que vai procurar a secretária de planejamento para se inteirar do assunto e emitir uma nota.

 

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