Estações medidoras instaladas nas capitais paulista e fluminense apontam que os níveis da qualidade do ar recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) estão acima do ideal. Realizado em 2014, o levantamento divulgado nesta semana mostra que todos os 27 aparelhos medidores de poluição instalados nas duas capitais registraram médias anuais acima do padrão.
A poluição atmosférica tem impactos diretos na saúde da população. As pesquisas conduzidas pelo professor Paulo Saldiva, do Departamento de Patologia da Universidade de São Paulo (USP), revelam que uma redução de 10% da poluição na capital paulista poderia evitar 114 mil mortes por doenças respiratórias e cardiovasculares entre os anos 2000 e 2020.
Um outro levantamento, produzido pela Eletra - empresa brasileira especializada na produção de ônibus elétrico puro, trólebus e híbridos - aponta que a frota de trólebus da capital paulista deixou de emitir 13.814 toneladas de CO² em 2014. Esses veículos deixaram ainda de consumir 5.300.000 litros de diesel no período.
Iêda Maria Oliveira, gerente da Eletra, ressalta que a redução da emissão de poluentes passa necessariamente pela adoção de transporte público sustentável. “Os ônibus elétricos são as alternativas das regiões metropolitanas como forma de combater a poluição”. Ela ressalta ainda que o país já domina a tecnologia de produção de ônibus sustentáveis capaz de atender às demandas das cidades brasileiras. “O Brasil está na vanguarda no desenvolvimento de veículos para transporte público com emissão zero de poluentes”, destaca Iêda.
No mundo, mais de 10 mil trólebus rodam em 350 países. A Região Metropolitana de São Paulo conta ainda com 300 ônibus sustentáveis. Um levantamento da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) também revela que a capital paulista já conta com 387 carros elétricos. No Brasil, são em torno de 3 mil unidades.
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