Produção de bicicletas apresenta crescimento de 12,79% em Manaus

Número positivo do setor vai na contramão do faturamento total do Polo Industrial de Manaus que fechou seis meses no vermelho

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Fonte: A Crítica  |  Autor: Saadya Jezine  |  Postado em: 06 de outubro de 2015

Produção de bicicletas cresce 12,79% em Manaus

Produção de bicicletas cresce 12,79% em Manaus

créditos: Luiz Vasconcelos/A Crítica

 

Com o faturamento de US$ 64,9 milhões no primeiro semestre de 2015, o segmento de bicicletas apresentou um crescimento de 12,79% em relação ao mesmo período – janeiro a julho – do ano passado. Foram 458.043 unidades produzidas nas seis empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), e recentemente, mais uma empresa, a Cairu Componentes Eletrônicos, aprovou dois projetos na ultima reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), com investimento total de US$ 3 milhões e adicional de 29 empregos para a região.

 

“Apesar da crise, essa expansão no segmento, se estabelece, sobretudo, pela tentativa dos governantes em incorporar a bicicleta na malha viárias das cidades”, destaca o vice presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Athaydes Mariano. Ainda de acordo com Mariano, o resultado poderia ser mais positivo no PIM se mais medidas fossem realizadas, como o investimento pesado na construção de ciclovias ou conscientização de motoristas de outros meios de transporte.

 

O número positivo no segmento, se apresenta na contramão do faturamento total registrado em todo o PIM, que fechou em US$ 14,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, indicando, portanto, uma queda de 8,21% no mesmo período do ano passado. Os resultados positivos ficaram entre o Polo de Duas Rodas (faturamento de R$ 7,815 bilhões e crescimento de 0,85%), Relojoeiro (faturamento de R$ 714,758 milhões e crescimento de 4,93%) e Químico (faturamento de 5,88 bilhões e crescimento de 5,01%).

 

Tendência

Diante dessa realidade, a tendência entre as indústrias desse segmento, é o aumento no investimento, acredita Mariano. “A vinda de mais projetos é um fator essencial para aumentar os investimentos. O que se precisa é cobramos mais agilidade no processo, como o Processo Produtivo Básico (PPB) - que é o conjunto mínimo de operações, no estabelecimento fabril, que caracteriza a efetiva industrialização de determinado produto”, destacou o vice presidente da Fieam, Nelson Azevedo.

 

As bicicletas motorizadas também fazem parte desse quadro. Atualmente, vêm crescendo tanto na produção quanto no consumo, devido às inúmeras funções que elas desenvolvem. “Pessoas optam pela bicicleta ou por opção de lazer, necessidade ou pela própria saúde, que hoje, - esta política de qualidade de vida - está muito mais presente na vida dos brasileiros. Nesse cenário, tanto a motorizada quanto a não motorizada está incorporada nesses dados da indústria”, destacou Mariano.

 

Interesse na difusão das bicicletas

Para o coordenador do Pedala Manaus, Paulo Aguiar, a movimentação do poder público para democratizar o uso da bicicleta é visível, porém, ainda incipiente. “É necessário a abertura de mais espaços públicos, bicicletários e ciclovias”, destacou. Segundo ele, em Manaus, é mais de 50 grupos que utilizam a bicicleta como forma de lazer. “Atualmente, a ZFM atende o número de consumidores, mas esse número seria visivelmente maior se tivessem esses e outros incentivos.

 

O PIM é responsável por 20% da produção nacional, se o governo abrisse linhas de crédito ou isenção de impostos para a compra de bicicletas, o cenário seria diferente. As fábricas teriam que aumentar sua produção para atender a demanda. A questão não é somente a construção de ciclovias, mas um conjunto de fatores”, afirmou.

 

Motorizadas ganham espaço

As bicicletas motorizadas também fazem parte desse quadro. Atualmente, vêm crescendo tanto na produção quanto no consumo, devido às inúmeras funções que elas desenvolvem. As empresas com projetos industriais aprovados pela Suframa para a produção de bicicletas são: Bike Norte, Caloi Norte, OX da Amazônia, Prince Bike Norte, Sense Indústria da Amazônia, Vzan Norte e EPP.

 

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