Hoje, depois de décadas de desenvolvimento “carrocêntrico”, cada vez mais cidades procuram novos modelos e soluções tendo em vista um crescimento mais sustentável. Para otimizar o uso da infraestrutura e da oferta de transporte disponível, bem como para equilibrar a distribuição do espaço, uma dessas soluções é a gestão de demanda de viagens (GDV), que busca racionalizar o uso do automóvel por meio de medidas de incentivo ao transporte coletivo e não motorizando.
Essas medidas ajudam a qualificar a mobilidade local e podem ser aplicadas não só por cidades, mas por empresas, como forma de promover hábitos de deslocamento mais sustentáveis entre os funcionários. É o que mostra o Passo a Passo para a Construção de um Plano de Mobilidade Corporativa, lançado ontem durante o seminário Mobilidade Corporativa: o papel das empresas na melhoria das cidades. O encontro faz parte das atividades da Virada da Mobilidade 2015, em São Paulo.
Guillermo Petzhold, Engenheiro de Transportes do WRI Brasil Cidades Sustentáveis, apresentou ao público as etapas envolvidas no desenvolvimento dos planos: “Em São Paulo, 80% das pessoas afirmam que deixariam o carro em casa se tivessem alternativas melhores. As medidas de mobilidade corporativa buscam justamente criar essas alternativas. Oferecer vantagens para quem opta pelos modais sustentáveis é essencial para convencer as pessoas a mudarem seus hábitos de deslocamento”.
A publicação apresenta a metodologia desenvolvida pelo WRI Brasil Cidades Sustentáveis para a elaboração de planos de mobilidade corporativa e a difusão do conceito GDV entre as empresas. Ao aplicar estratégias de GDV, as empresas têm o potencial de impactar positivamente a mobilidade nas cidades. O manual traz diretrizes técnicas para orientar as empresas no processo de desenvolvimento dos planos de mobilidade corporativa, que devem seguir sete etapas: Preparação, Definição do escopo, Comunicação, Diagnóstico, Elaboração, Implementação e promoção e Melhoramento e revisão
Além de benefícios diretos para os funcionários, na medida em que ajudam a reduzir o tempo gasto nos deslocamentos, a melhorar a qualidade de vida e a economizar tempo e dinheiro, as medidas de GDV também trazem efeitos positivos para as cidades, que são beneficiadas pela redução dos congestionamentos e dos índices de emissões e pela melhora da mobilidade local.
Acesse aqui a publicação: Passo a Passo para a Construção de um Plano de Mobilidade Corporativa
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