Em Aracaju, uma calçada que simula obstáculos à locomoção

Projeto realizado no domingo (20) convidava quem passava a enfrentar um piso com buracos, rampas, degraus e outros bloqueios à acessibilidade dos deficientes

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Fonte: Infonet.com  |  Autor: Infonet.com  |  Postado em: 21 de setembro de 2015

Driblar obstáculos: o difícil dia a dia do deficie

Driblar obstáculos: o difícil dia a dia do deficiente em SE

créditos: Divulgação /Fac.Maurício de Nassau

 

Durante toda manhã do último domingo (20), a Praça Tobias Barreto, na região central de Aracaju, tornou-se o centro do movimento pelo direito à acessibilidade. Diversas ações aconteceram simultaneamente visando a chamar atenção da população e das autoridades para a III Semana Aracaju Acessível.

 

A Calçada Itinerante, como se chamou o projeto de responsabilidade social da Faculdade Maurício de Nassau, foi uma atividade que possibilitou vivenciar, mesmo que por momentos, as dificuldades enfrentadas diariamente pelos cidadãos com mobilidade reduzida ou deficiência para se locomover.

 

Barreiras 

Sobre a calçada, foram instalados diversos obstáculos que simulam o ambiente real encontrado pelos deficientes e idosos em seu dia a dia ao transitar pela cidade. Buracos, sacos de lixo, rampas, degraus e até um poste foram espalhados por todo o percurso. Vendadas e apenas com o auxílio de uma bengala, as pessoas tiveram que se aventurar e sentir na pele as contrariedades que os deficientes podem encontrar.

 

A experiência gerou diversas reflexões. “É uma experiência difícil, a gente se sente impotente, com muito medo” revela Adeli Carneiro dos Santos, diretora regional do Sesc.

 

A aposentada Nilza Menezes Souza, de 69 anos, passou pela calçada e descreve a sensação de enfrentar um espaço cheio de barreiras. “Eu sinto vergonha. Sou uma cidadã sergipana, tenho muito orgulho da minha cidade, mas infelizmente ainda não há conscientização do povo, principalmente das autoridades” afirmou.

 

Lucas Aribé, organizador do evento e deficiente visual, também se disse impressionado com o grau de dificuldade que as pessoas com mobilidade reduzida como ele enfrentam. Para Lucas, a falta de acessibilidade representa "um prejuízo enorme, pois esse é o principal direito do cidadão, o direito de ir e vir".

 

Para a Giomara Basso, o objetivo da ação foi alcançado e as pessoas que participaram desse desafio saíram muito mais conscientes. 

 

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