Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), que retrata o número de mortes por atropelamento na capital paulista dos últimos dez anos, apontam os meios de transporte mais letaias para os pedestres.
Os dados foram divulgados em reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Encabeça a lista o automóvel: entre 2005 e 2014, foram mortas após atropelamento 2.468 pessoas, vitimadas por automóveis, picapes e caminhonetes. Em segundo lugar, aparecem os ônibus. Em números absolutos, 1.549 atropelamentos foram registrados na última década.
Já as motocicletas e triciclos mataram 1.040 pedestres. Os trens, contando Metrô, CPTM e trens cargueiros, foram 183 pessoas atropeladas. A bicicleta aparece em último colocado, sendo responsável por 29 óbitos neste período. Comparando com o automóvel, o número de atropelamentos é 85 vezes maior, levando em conta o maior número de veículos. Na semana passada, um aposentado morreu após ser atingido por um ciclista na via ao lado dos baixos do Minhocão. O caso ganhou repercussão na cidade, em uma época em que se discute a implantação de ciclovias, ainda que o atropelamento tenha sido realizado fora da via para bicicletas.
Os dados revelam ainda que neste período houve 6.804 mortes de pedestres na cidade. Apesar da crescente queda nas ocorrência, a capital registrou aumento de atropelamentos no ano passado.
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