VLT vai substituir trens de subúrbio em Salvador, anuncia secretário

Com investimento de R$ 1,1 bi, o novo transporte terá 21 paradas. Previsão é que edital saia em 14 de agosto, antecipou o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster

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Fonte: G1 BA  |  Autor: Henrique Mendes  |  Postado em: 07 de agosto de 2015

Projeção de novo ponto de parada do VLT no bairro

Projeção de novo ponto de parada do VLT no bairro da Calçada

créditos: Divulgação / Casa Civil

 

Os trens que ligam os bairros do Subúrbio Ferroviário à Calçada, em Salvador, darão lugar ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), informou o portal G1, que entrevistou o secretário da Casa Civil do Estado da Bahia, Bruno Dauster. Ele antecipou que a autorização de licitação das obras será assinada em 14 de agosto, com aporte de verbas estimado em R$ 1,1 bilhão. 

 

Conforme o secretário, o valor será dividido pela metade entre os governos estadual e federal. “Com a crise fiscal, corria o risco de atraso se o estado não assumisse”, disse. 

 

Atualmente, os trens de Salvador ligam o bairro de Paripe à Calçada, num percurso de 13,6 km. Com o novo modal de transporte, o sistema será ampliado e se estenderá entre a Avenida São Luiz, em Paripe, e o bairro Comércio. São 4,9 km a mais de trilhos, que, integrados aos existentes, farão o VLT percorrer um total de 18,5 km.

 

Dauster detalhou que o projeto será dividido em duas etapas. A primeira delas ocorre entre os bairros do Comércio e de Plataforma (9,4 km) e a segunda entre Plataforma e São Luiz de Paripe (9,1 km). A previsão do governo é a de que ambas as fases estejam em operação no segundo semestre de 2017. Diferentemente do atual sistema que liga o subúrbio à Calçada, o VLT é composto por trens mais leves, menos poluentes e com um maior roteiro de paradas.

 

Sistema de paradas

O secretário da Casa Civil explicou que as atuais 10 estações serão desativadas e reaproveitadas na prestação de serviços aos moradores. “Os prédios das estações terão outros usos. Poderá ser um posto da PM, centro de atendimento ao cidadão”, exemplificou.

 

A desativação dos prédios se explica, disse Dauster, por conta do perfil do novo modal. “O trem [do VLT] irá andar no chão, como se fosse ônibus. Você agora vai ter paradas e não estações”, afirmou. 

 

O secretário antecipou que a previsão é de que o VLT tenha 21 paradas. “A depender das necessidades, poderemos criar novas”, disse.

 

Projeção de assentos para passageiros (Foto: Divulgação / Casa Civil)

Projeção de assentos para passageiros. Divulgação/Casa Civil 

 

Na primeira etapa das intervenções, entre Comércio e Plataforma, o secretário da Casa Civil apontou a criação de quatro novas paradas, além das estações já existentes: São Joaquim, Porto, Avenida da França e Comércio. Na segunda etapa, estão previstas novas paradas na Baixa do Fiscal, Viaduto Suburbana, União, São João e São Luiz de Paripe.

 

Perspectivas

O estado estima que, diante das intervenções, a média diária de público que utiliza o transporte sobre trilho suba de 15 mil para 150 mil. Embora ainda sem licitação, espera-se que o VLT se estenda do Comércio para a Lapa.

 

Bruno Dauster afirmou que o novo VLT funcionará de forma interligada aos demais modais de transporte da capital. Conforme o projeto, por meio do VLT, os usuários terão acesso às Linhas 1 e 2 do metrô e a dois roteiros de BRT (Transporte Rápido por Ônibus), todas com obras de conclusão previstas para 2017. “Logo que estiver operando, estará tudo integrado. Isso vai significar uma revolução na geografia de transporte”, avaliou.

 

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