Policiais civis e militares terão que pagar passagem para andar de ônibus em Salvador a partir de hoje (21), quando passa a valer decisão do Tribunal de Justiça (TJ-BA) anulando 10.376 mil cartões de gratuidade. Apenas duplas de PMs ou investigadores, desde que fardados e devidamente identificados, vão ter acesso ao transporte coletivo de forma gratuita.
Ontem, no final da tarde, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) informou, em nota, que estuda uma forma de reverter a decisão. “As medidas visam a assegurar o benefício aos policiais e garantir a segurança da população”, diz a nota. Não foram informadas quais medidas judiciais a PGE pretende adotar.
O cancelamento dos cartões de gratuidade foi divulgado, na última sexta-feira (17), pelo Setps, o sindicato que representa as empresas de ônibus. Com a mudança, volta o modelo de transporte anterior a 2003, quando a gratuidade era condicionada à farda e limitada a dois PMs por coletivo. A concessão, a partir de 2003, foi condicionada ao pagamento da tarifa pelo governo do estado. No entanto, segundo o Setps, não houve repasse.
Segundo o sindicato, a gratuidade custa às empresas R$ 3 milhões mensalmente — o cálculo é baseado na estimativa de um milhão de viagens por mês. A decisão vai atingir 10.376 mil policiais, sendo 8.457 PMs e 1.919 agentes da Polícia Civil, que tinham o cartão de passe livre. De acordo com o TJ-BA, a ação foi julgada no dia 10 de fevereiro, mas no dia 13 de julho o estado recorreu. O processo corria em 2º grau e pode ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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