Depois de uma série de atrasos, os moradores da Baixada Santista poderão, a partir do mês de dezembro, usar os ônibus intermunicipais e o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), de forma integrada, pagando apenas uma passagem. O contrato referente ao sistema conjunto de mobilidade urbana foi assinado na manhã desta terça-feira (23) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante visita à cidade de Santos, no litoral paulista, e terá validade de 20 anos.
O chamado Sistema Integrado Metropolitano (SIM) foi confirmado por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) com o Consórcio BR Mobilidade. Com isso, o usuário poderá utilizar as duas plataformas (ônibus e trem) pagando R$ 3,80 pelo serviço. Já as passagens do VLT devem custar R$ 3,60. O prazo estipulado para instalação do sistema é de 180 dias.
“Vamos operar junto, pneus e trilhos. Por isso teremos também já uma parte com 100 novos ônibus metropolitanos circulando na região. Também estou autorizando mais R$ 134 milhões para continuidade das obras da primeira fase do VLT, que terá ao todo 15 estações e 11,2 km”, afirmou o governador.
Alckmin minimizou os atrasos no trecho de Santos por conta de um pedido do Ministério Público e destacou a importância da obra que está sendo implantada. As atividades na avenida Francisco Glicério foram retomadas na segunda quinzena de junho, após o Superior Tribunal de Justiça suspender uma liminar que impedia a continuidade dos trabalhos.
“Nós estamos fazendo uma obra inédita, que não existe no Brasil. O VLT terá todas as estações previstas, desde o terminal Barreiros até o Porto. Já está implantado, são obras complementares para termos todas as funcionalidades. A empresa que vai operar o sistema também já está aí e a região vai ter um ganho de mobilidade importante”, reforça Alckmin.
Quatro estações do VLT foram entregues oficialmente na manhã desta terça-feira. Em Santos, entraram em fase de testes as estações Nossa Senhora de Lourdes e Pinheiro Machado, incluindo o túnel José Menino. Também foram apresentadas oficialmente as estações Itararé e João Ribeiro, em São Vicente.
Instalação de infraestrutura
O presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes, acredita que as obras devem estar prontas em setembro. Depois serão necessários mais 40 dias para a implementação do sistema.
“Estamos operando agora com certo grau de tranquilidade. Vamos operar 10 estações, as que estão prontas (da estação Mascarenhas, em São Vicente, até a Pinheiro Machado, em Santos). Mas ainda precisamos de trabalho na infraestrutura, como sistema, sinalização de via, comunicação com o veículo e estações, controle semafórico e bilhetagem, que ficará a cargo do Consórcio”, explica Lopes.
A expectativa do responsável pela EMTU é que avancem também os trabalhos onde deve funcionar o Centro de Controle Operacional (CCO). "Os mais importantes são o edifício administrativo e o CCO, que é cérebro de tudo. A via também está 'pelada' entre os trilhos porque é por lá que vamos passar o sistema, depois a camada de brita e a grama. O VLT vai circular por cima de um jardim e isso ainda falta cabear", acrescenta.
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